De entre o património em risco em Sintra, Património Mundial, ressaltava de forma chocante e até muito recentemente o chalé romântico de D. Fernando II e sua segunda esposa, Elise Hensler, condessa d’Edla, escondido na mata da Pena, e em circunstâncias de abandono desde que foi consumido pelo fogo em 1999.
O local vale não só pelo interesse histórico e arquitectónico, mas também pela envolvente, pelos jardins plantados pessoalmente pelo rei e pela condessa, com o apoio do cunhado americano e silvicultor John Slade, destacando-se no jardim original as camélias, trazidas para Sintra pelo próprio D. Fernando.
O Chalé da Condessa, também conhecido como Casa do Regalo, foi construído entre 1869 e 1875,no talhão XII da parcela C do Parque, propriedade particular de D.Fernando de Saxe Coburgo, viúvo de D.Maria II. Inspirado nos chalés suíços, ninho de amor e refúgio de pintura, concebido para maior privacidade do casal após o segundo casamento, era parcialmente forrado a cortiça, com fachadas de alvenaria a imitar as casas rústicas americanas e pinturas de heras cobrindo as paredes.
A 12 de Julho de 1890,e morto já D. Fernando, deixando toda a Pena e jardins em herança á condessa, o Estado Português comprou todo o património á mesma, por 410 contos em títulos da dívida pública, acossado por opiniões que entendiam ser um património demasiado importante para ficar nas mãos da estrangeira e segunda esposa do rei defunto. Estrangeira, que aliás, muito fez pela cultura portuguesa, ajudando com bolsas de estudo figuras como Viana da Mota e Columbano Bordalo Pinheiro. A condessa morreu em 1929,em Lisboa, e o chalé foi morrendo entregue á incúria que parecia querer adivinhar a fatalidade de 1999,ali quedando em ruínas e sem tecto.
A Alagamares junto com cidadãos amigos de Sintra defensores da recuperação do seu património histórico e natural tem vindo a empenhar-se desde 2006 na causa do Chalé da Condessa d'Edla. Tal não se deve a devaneio romântico, guerrilha política ou obsessão, mas tão só a fixação de objectivos concretos de um grupo de cidadãos no que á defesa do património compete, e por esse imóvel ser um ex-libris dos menos visíveis quando se fala de Sintra e ter vindo justamente a ser realçado nos relatórios internacionais sobre a paisagem cultural de Sintra como carente de intervenção urgente.
Uma sociedade onde as sinergias das organizações não governamentais não se faça sentir é uma sociedade amorfa e merecedora do que com ela outros queiram fazer. Sem a veleidade de impor qualquer tipo de solução para os problemas do vasto património sintrense, e sabendo quanto a Verba é inimiga do Verbo, agradados ficamos com quem tem desenvolvido esforços nesse sentido. Mas cremos cumprir melhor o nosso dever de cidadãos quando procuramos manter na agenda a defesa e promoção de jóias da nossa coroa, reforçados pelo apelo que os organismos internacionais da área do património fazem para que haja mais participação e diálogo com as populações destinatárias e depositárias desses legados em primeiro lugar (vide a Declaração de Aranjuez, subscrita por Sintra, onde se apela á participação construtiva e estimulante da sociedade civil na defesa, promoção e protecção do património, material e imaterial.
O Chalé da Condessa pode vir a ser um case study da relação dos munícipes com o seu património, e do quanto se está vivo e desperto para causas do Nós que se levadas a bom termo, valorizaram o Eu de cada um, assim tornado mais cidadão e fruidor pleno do legado dos seus antepassados.
O Chalé da Condessa d'Edla, na Pena, foi concebido pela própria Elise Hensler, com o apoio do mestre de obras Gregório e de Domingues Freire, filho do afamado pintor da época Luciano Freire. Todos os interiores de estuque estiveram a cargo de Sebastião Ribeiro Alves.
O PROCESSO CÍVICO E A EVOLUÇÃO DAS OBRAS
Por solicitação da Alagamares, que desde a sua criação se interessou por esta causa, foi-nos enviado pela UNESCO, em Outubro de 2006, através de Kerstin Manz, que fez parte da missão da ICOMOS a Sintra, de 22 a 25 de Março de 2006, o relatório produzido pela comissão, sobre o ponto de situação do Património Mundial(Paisagem Cultural) 10 anos depois da classificação, e de que fizeram parte a mesma, e ainda Gérard Collin e Peter Goodchild.
Tal relatório resultou da primeira visita de monitorização a Sintra desde 2006, e foi aprovado na 31ª reunião do World Heritage Committee, reunido em Vilnius, Lituânia, de 8 a 16 de Julho de 2006, e do mesmo ressaltava desde logo um reparo: o da falta de reuniões, até então, com as associações activas na salvaguarda do Património Mundial, tendo as reuniões ocorrido sobretudo com a CMS, ICN e IPPAR.
Um dos principais aspectos, 10 anos depois da classificação como Paisagem Cultural de Sintra, e apesar de algumas melhorias, era o da ausência duma estrutura de gestão clara, as lacunas evidenciadas então pela empresa Monte da Lua para lidar com o problema, e a pressão urbanística na área circundante da zona de protecção. Era criticada a situação do Chalé da Condessa e a ausências dum serviço de aconselhamento dos proprietários privados dentro da zona de protecção, no sentido de os ensinar a lidar com a herança no seu território.
A missão sugeriu uma agenda detalhada para os próximos 5 anos: estrutura de gestão; plano de curto prazo; estratégia de desenvolvimento urbano; plano de interpretação; plano de gestão do PNSC para 2010-2014; PDM de Sintra de 2010 a 2019; plano de gestão da zona do património mundial para 2010-2014, todos prontos até pelo menos 2009.
Como se sabe, o Património Mundial de Sintra foi a primeira classificação da UNESCO, em 1994, na Europa, como Paisagem Cultural, abrangendo uma área principal de 9452 m2, uma de protecção parcial de 37176 m2, e uma de transição de 121688 m2, sendo esta a segunda missão, depois duma outra efectuada em 2000.
Do relatório ressaltam vários aspectos a ter em conta:
1.A falta de coincidência nos diversos planos (PDM e POPNSC) duma área do
Património Mundial, não obstante quando esses planos foram elaborados já ter ocorrido a classificação, em 1994.
2. A dispersão de entidades intervenientes na gestão, com planos desarticulados, sendo que não havia um organismo ou dirigente específico para a área do Património Mundial.
3. A empresa Monte da Lua mostrara, até então incapacidade para gerir o património (disperso) que lhe estava cometido, e estava fora da gestão de 66% da área classificada.
4. A dispersão de gestão dos monumentos e dos parques por entidades diversas
5. Uma estrutura transversal às existentes era urgente, coordenando e cosendo fricções nos seus limites, sendo útil que os diversos planos se articulassem no sentido de começarem e terminarem no mesmo horizonte temporal, sugerindo a missão, que até 2009 se concentrassem esforços na elaboração dum novo Plano de Gestão para o período 2010-2014, devendo todos os planos ter ciclos de vida de pelo menos 10 anos, no que se ganharia em eficiência, e coordenação.
6. Faltava um plano de gestão com acções dirigidas, prioridades, agenda, financiamento, e relação com os outros planos, bem como diálogo entre os proprietários, sobretudo os das "quintas", e os gestores da CMS e ICN. Havia que atender às espécies floristicas invasoras e ao restauro de património privado. Faltava um serviço de atendimento e educação dos privados no sentido do aconselhamento de formas de restauro, materiais, cores, etc.
Na sequência desse Relatório da Missão da Unesco a Sintra, de Março de 2006, a Alagamares promoveu a 17 de Novembro de 2006 um debate focado no restauro e recuperação do Chalé da Condessa d'Edla, onde se salientou a necessidade de se preservar, para as gerações futuras, através do restauro do chalé uma memória histórica viva de Sintra, e onde participaram várias individualidades destacadas no panorama local da defesa do património. É relevante referir que o Chalet da Condessa d'Edla é um imóvel classificado pelo IPPAR desde 1993, como sendo de Interesse Público e consta da lista de monumentos da Paisagem Cultural desde 1995.
Tal alerta teve eco nos meios culturais locais, bem como na imprensa, demonstrativo de que o tema era sensível e premente.Não desejando deixar cair este assunto em saco roto, a ALAGAMARES promoveu a criação de um grupo de trabalho visando o acompanhamento junto das autoridades dos passos conducentes a reabilitar o espaço, e reabilitá-lo de forma adequada, bem como a promover iniciativas culturais em seu torno, grupo esse composto por Fernando Morais Gomes, Pedro Macieira, Jesus Noivo, João Faria Santos, João Cachado e Emília Reis.
Na primeira reunião, realizada em Dezembro de 2006, ficou assente reunir com a Administração da Parques de Sintra-Monte da Lua, para aferir dos desenvolvimentos da candidatura a verbas da EFTA para este fim, bem como apresentar o grupo de trabalho. Na altura apurou-se a situação da candidatura de Sintra a verbas para obras de protecção do Património Mundial, e soube-se que em 23 de Outubro de 2006 foi efectuada uma selecção de candidaturas no âmbito do 1º concurso para projectos individuais, ao Financial Mechanism Office (FMO) do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu, em Bruxelas. Os projectos seleccionados pela Unidade Nacional de Gestão, (coordenada então pelo Dr. Manuel Leal Pisco ) com o apoio do Steering Committee foram submetidos a diversas verificações de conteúdo no FMO, a um controlo na Comissão Europeia e a uma avaliação final por parte do Comité do Mecanismo Financeiro, sediado em Oslo. Só após este procedimento seria tornada pública a decisão deste Comité dos Estados Doadores sobre os projectos eleitos para financiamento, entre os 19 submetidos por Portugal.
O Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEE) foi criado a 1 de Maio de 2004 visando contribuir para o nivelamento económico dos novos países aderentes à UE, bem como da Grécia, Espanha e Portugal, os três países da UE-15 que já beneficiam deste fundo. Um protocolo - Memorando de Entendimento (Memorandum of Understanding) - foi assinado a 3 de Fevereiro de 2005 entre o Estado Português e os representantes dos três Estados EFTA – Islândia, Liechtenstein e Noruega. O Memorando constituiu um acordo estrutural entre Portugal e os três estados do EEE/EFTA para utilização do novo Mecanismo Financeiro do EEE, o qual disponibilizava, em termos líquidos, 30.067.200 euros para apoio a projectos em Portugal, entre 2004 e 2009. Para utilização deste apoio financeiro foi criada, por Despacho Conjunto do Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e do Ministro de Estado e das Finanças, uma estrutura de gestão constituída por um Coordenador Nacional e por um Secretariado Técnico.
Entretanto, a Alagamares foi mantendo pressão nos blogues, eventos e iniciativas por si organizadas desde então, bem como na imprensa local.
Segundo o Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu, foi aprovado em 30 de Maio de 2007 um projecto de restauro de edifícios históricos na área da Paisagem Cultural de Sintra, conforme pedido pela Parques de Sintra Monte da Lua. Tal projecto,com o nº PT0026,foi contemplado com 1.496.000 euros(cerca de 290 mil contos).Em 11.09.2007 elementos do grupo cívico pelo restauro do Chalé da Condessa d'Edla, em Sintra, deslocaram-se ao local, onde ainda que não acordado anteriormente, reuniram informalmente com o presidente da Parques de Sintra Monte da Lua, prof. António Lamas,e técnicos de restauro em trabalho no local.
Estava em curso já nessa altura a limpeza e restauro da infraestrutura, com substituição dos andaimes calcinados por outros mais seguros, bem como cobertura. O trabalho da equipa do Instituto José de Figueiredo incluiu recuperação e catalogação de estuques, madeiramentos e pinturas, o que nos pareceu estar a ser feito com critério e responsabilidade.
Curiosa foi a constatação no local de que apesar de o chalé ter sido consumido pelo fogo, não haver muitos vestígios de fuligem nas paredes, sendo maior o estrago ao nível dos madeiramentos. Fundamental em toda a obra seria a reposição do jogo de revestimentos a cortiça, original numa construção aparentemente sem arquitecto, e realizada do acordo da condessa e D.Fernando com o empreiteiro da época.
Posteriormente, decorreu no dia 13 de Novembro de 2007 na Escola Profissional Alda Brandão de Vasconcelos, em Colares, mais uma reunião do grupo cívico pró-restauro do Chalé. O grupo apresentou-se como um colaborador activo neste processo, entendendo não serem demais todos os que se quisessem disponibilizar para o direito/dever de exercer a cidadania plena, na óptica do direito á fruição dos bens culturais. Na sequência de pedido escrito efectuado ao Monte da Lua-PSML fomos recebendo informação sobre o decurso das obras, que tinham o seguinte cronograma:
1-TRABALHOS PREPARATÓRIOS E CONCEPÇÃO, com base no projecto de 1996,incluindo concepção das infra estruturas básicas (água, electricidade, ventilação etc),incluindo projecto de visitas durante a reconstrução.Início-Julho 2007. 8 tranches mensais até Junho de 2009,num total de 175.000 euros.
2-ADAPTAÇÃO DO LOCAL PARA VISITAS DURANTE OS TRABALHOS DE REABILITAÇÃO. Incluiu acessos, circuitos, protecções, sinalética, pavimentos temporários, estaleiro, muros de suporte ,equipamento de protecção para trabalhadores e visitantes etc Início- Abril 2007.9 tranches até Junho de 2009, num total de 200.000 euros.
3-TRABALHOS DE REABILITAÇÃO
Início Outubro de 2007. 7 tranches até Junho de 2009, num total de 551.500 euros. Esta fase incluiu telhados, pavimentos, paredes, e o global do edifício. Excluía os tectos.
Dezenas de cidadãos participaram a 4 de Março de 2008 no roteiro em defesa do património sintrense que fez confluir para o Parque da Pena e em torno do tema do Chalé da Condessa d'Edla interessados em Sintra sem outro interesse que não fosse o de mais saber sobre o tema e debater in situ a paisagem cultural de Sintra. Particularmente relevante foi o momento em que Maria Almira Medina declamou um poema inédito de sua autoria incidindo sobre o Chalé da Condessa, e as memórias, cheiros e onirismos que tal local inspira e proporciona.
A 15 de Outubro de 2008 voltámos ao local, e do que conseguimos ver e apurar, estava em curso então a obra de reparação de pavimentos Tinha esta empreitada em vista a pavimentação da calçada com cubos de granito semelhantes aos da Calçada da Pena, igualmente para permitir a circulação automóvel.
Em 6 de Março de 2009, e para que os temas do restauro do Chalé da Condessa não deixasse de estar na ordem do dia, criámos uma causa no Facebook.
No dia 8 de Março de 2009 foram inaugurados o novo portão de acesso ao Chalet e o novo Centro Cultural que inclui uma sala de apresentação do projecto com capacidade para 20 pessoas e uma área de tratamento e restauro dos salvados do incêndio de 1999.
Em 19 de Abril de 2009 e englobado nas comemorações do Dia dos Monumentos e Sítios classificados, promoveu a Parques de Sintra Monte da Lua uma explicação do projecto em 3D,orientada pelo arq. Lobo de Carvalho, responsável pelas obras, com visita às mesmas.
Dentro do espírito que a Alagamares tem batalhado - abrir as portas para ver as obras e não fechar para obras - foi uma interessante e cuidada sessão, onde se teve a possibilidade de observar o trabalho dos peritos até ao momento, bem como verificar o andamento das obras. A par da limpeza no local, fora instalado um centro de visitantes colocado um portão de acesso e novos andaimes. Estava a decorrer estudo das redes (águas e electricidade) e tenciona então a PSML abrir um concurso de ideias para um novo jardim.
Realce para o facto de que apenas 25% dos actuais visitantes da Pena visitam os jardins.Com a abertura do Chalé tal poderá permitir circuitos integrados de visitas ao Parque, e a todas as construções restauradas dentro do mesmo.
A 7 de Maio de 2009, decorreu um jantar debate da Alagamares,desta feita dedicado á problemática da gestão de Sintra enquanto Património Mundial e enquadrado nos 75 anos do Jornal de Sintra, tendo sido salientados os 860.000 visitantes anuais em Sintra, que fazem deste destino o 3º mais visitado em Portugal.Geraram-se 6,3 milhões de euros de receitas, tendo sido investidos em 2008 4,3 milhões oriundos entre outros do programa Operacional do Ambiente e do fundo norueguês EEGRANTS. Enfoque nas obras em curso em Monserrate e no Chalet da Condessa, e na limpeza das tapadas e arranjo de estacionamentos. Aí se lançou um apelo a que todos sejamos "jardineiros do território", considerando-o como nosso, com direitos mais aprofundados, como sejam o direito ao silêncio ou o direito aos cheiros.
A obra está prestes a fechar um ciclo, com a abertura ao público a partir de dia 9 de Maio de 2011. Restaurado como estava, valorizado pelo novo jardim da Quinta da Pena, estando em curso a recuperação da Feteira e Jardim dos Frades pode dizer-se que ao contrário da pior tradição portuguesa o trabalho deu frutos, e valeu a pena. A Parques de Sintra, com uma gestão moderna e criteriosa tenciona continuar a investir até 2013 na recuperação, sendo a manutenção a prioridade, bem como a captação de receitas para que o trabalho executado se não perca. Uma atenção especial deve ser dada, nessa fase, à eliminação de infestantes no perímetro do Parque.
Até 2014, o fundo do EEGrants que até agora fortemente permitiu o financiamento das obras ainda acolherá projectos que se candidatem até Outubro deste ano. Neste momento, o projecto da Quinta da Pena, envolvente ao Chalé e em fase de conclusão, absorveu 720.000 euros, 85% provindos desse fundo, igualmente apoiado pelo instituto Norueguês do Património Cultural- NIKU. No seu âmbito se recuperaram caminhos, se captou água para rega, restauraram minas perservando os habitats dos morcegos, e se implementarão em breve percursos Talking Treas, no âmbito do projecto Bio+ Sintra.
A Alagamares, parceiro construtivo e atento, na crítica ou no elogio, não pode deixar de se regozijar com o desiderato alcançado, esperando que os novos espaços e a implementação de percursos e projectos que ressaltem um Património Vivo sejam uma realidade tão breve quanto possível.
Neste momento, três recados ainda, já transmitidos por nós aliás aos responsáveis da Parques de Sintra-Monte da Lua:
Que seja recordado na iconografia do Parque da Pena a figura de Carlos de Oliveira Carvalho, o “Carvalho da Pena”, administrador florestal entre 1910 e 1940 e a quem se deve o facto de a obra de D. Fernando não ter sido vã, em época de cortes orçamentais e redução de funcionários, tratando como seu o rico legado patrimonial e até hoje, quanto a nós, ainda não suficientemente lembrado.
Que seja promovida a reedição da Monografia do Parque da Pena, obra emblemática de Mário de Azevedo Gomes, também ele além de silvicultor parente da Condessa d’Edla, e esgotada no mercado, verdadeiro e compreensivo atlas do Éden sintrense.
E finalmente, que a figura de Viana da Mota, a quem bolsas de D. Fernando e da Condessa permitiram os estudos de piano em Berlim, e autor aos treze anos duma peça dedicada à Condessa, “Au bord du lac de Sintra”, seja igualmente recordado e associado ao Chalé da Condessa, promovendo-se a gravação e divulgação dessa peça única sobre Sintra e verdadeiro hino do Chalé da Condessa.
Fernando Morais Gomes
Presidente da Alagamares
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