domingo, 30 de outubro de 2011

Entrevista de valter hugo mãe à Alagamares

Por ocasião do novo livro de valter hugo mãe "o filho de mil homens" reditamos uma entrevista feita há algum tempo com valter hugo mãe 


valter hugo mãe nasceu em Angola, Saurimo, em 1971. Passou a infância em Paços de Ferreira, vive em Vila do Conde desde 1981. Licenciado em Direito, pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.
Vencedor do Prémio José Saramago com o romance o remorso de baltazar serapião, Quidnovi, 2006, sobre o qual José Saramago disse: «Este livro é um tsunami, não no sentido destrutivo, mas da força. Foi a primeira imagem que me veio à cabeça quando o li. [...] Quando foi publicado? E os sismógrafos não deram por nada? Oh, que terra insensível: este livro é uma revolução. Tem de ser lido, porque traz muito de novo e fertilizará a literatura. Por vezes tive a sensação de estar a assistir a um novo parto da língua portuguesa.».
Autor também do romance o nosso reino, Temas & Debates, 2004, considerado pelo Diário de Notícias o melhor romance português editado nesse ano.
Escreveu diversos livros de poesia, entre os quais: bruno, Littera, 2007; pornografia erudita, Edições Cosmorama, 2007; livro de maldições, Objecto Cardíaco, 2006; o resto da minha alegria seguido de a remoção das almas, Cadernos do Campo Alegre, 2003; útero, Quasi, 2003; a cobrição das filhas, Quasi, 2001 e três minutos antes de a maré encher, Quasi, 2000.
Sobre a sua obra: A meta física do corpo, sobre a poesia de valter hugo mãe, seguido de uma antologia, de Rui Lage, Edições Cosmorama, 2006.
Organizou as antologias: O Encantador de Palavras, poesia de Manoel de Barros; Série Poeta, em homenagem a Julio – Saúl Dias; Quem Quer Casar com a Poetisa, poesia de Adília Lopes; O Futuro em Anos-Luz, por sugestão do Porto 2001; Desfocados pelo Vento, A Poesia dos Anos 80, Agora; Cântico Negro, poesia de José Régio, em colaboração com Luís Adriano Carlos.
A sua poesia está traduzida/editada em antologias ou livros autónomos em países como Espanha, Brasil, República Checa, Tunísia, Israel, Alemanha, Suiça, França, Eslovénia, Estónia e Estados Unidos da América.
Esporadicamente, dedica-se às artes plásticas, tendo realizado a sua primeira exposição, intitulada o rosto de gregor samsa, no final de 2006 na Galeria Símbolo (Rua Miguel Bombarda, Porto), preparando a segunda, ainda sem título, para o final de 2008.Actualmente constituiu a banda Governo.
ALAGAMARES-O valter hugo mãe distribui-se por diferentes áreas de actividade artística, literária e musical e até é licenciado em Direito.Qual a sua propensão natural de todas estas? Como se definiria?
vhm-Sou um escritor. Não é possível comparar tudo o mais que faço, ou com que me envolvo, com o meu percurso e empenho na escrita. Sou, de facto, alguém que escreve e tem na escrita um eixo fundamental da sua vida.
ALAGAMARES-A sua escrita reflecte uma visão muito contemporânea da nossa sociedade e valores.Que valores predominam hoje na sociedade portuguesa com os quais se revê?
vhm-Isso gostava eu de saber, que o mais que faço é andar à procura de entender. Os meus livros pretendem ajudar-me a conhecer e a aceitar, eventualmente, o lugar do outro. Não creio que sejamos piores do que os outros, creio é que podemos mesmo ser melhores do que já somos. Gosto de uma certa humildade portuguesa, mas lamento o menosprezo, gosto da familiaridade portuguesa, não gosto tanto da intromissão ou da inveja, como bem aponta José Gil. Uma sociedade melhor há-de ser sempre uma sociedade que procure os seus equilíbrios. Precisamos amenizar defeitos e potenciar virtudes, para isso há que diagnosticar e assumir.
ALAGAMARES-Já ganhou um prémio Saramago. Revê-se ou aprecia mais o homem, o político, o escritor ou nenhum?
vhm-O José Saramago é um grande homem, é um grande escritor. Cresci a admirar o seu compromisso constante com as questões sociais e políticas, admiro que se incomode e não preciso de estar sempre de acordo com ele. Acho que é bem verdade aquela máxima que diz que o preocupante não é o barulho dos maus, mas sim o silêncio dos bons. O Saramago escreve magistralmente e nunca se calou, correndo riscos e incomodando-se. Gosto de gente assim, que pense e opine, para que quem detenha o poder não se julgue invisível ou impune.
Alagamares-Quem são para si os grandes escritores vivos da actualidade?
vhm-Saramago e Lobo Antunes (por quem tenho uma paixão avassaladora), Herberto Helder, Agustina, Ramos Rosa, Maria Velho da Costa, Armando Silva Carvalho, José Agostinho Baptista, Adília Lopes
Alagamares-Acha que um blogger é um escritor que não arranjou editor ou é um repentista que gosta de se ouvir a si próprio? Há uma literatura do tempo das redes sociais?
vhm-Um blogger pode ser de tudo. Há-os bons e maus. Há daqueles que hão-de passar a livro em esplendor, e outros que não chegarão lá. Acho que o blogue intensificou algumas características que já vinham a ser exploradas na literartura pós-moderna, a fragmentaridade e a atenção a um sem número de temas menores, aquilo que leva a uma espécie de literatura de tom diarístico. As recolhas do Pedro Mexia mostram isso bem. Penso que serão dos melhores livros resultantes de blogues que tivemos em Portugal. Por consequência o Pedro Mexia será dos nossos bloguers mais interessantes, sem dúvida. Mas ele já vinha dos livros, na verdade, o blogue veio depois.
ALAGAMARES-O que anda a escrever neste momento?

 vhm-Estou a fazer alterações num argumento que escrevi para uma longa-metragem a ser rodada no Porto no início de 2010.
ALAGAMARES-Acordo Ortográfico: sim ou não?
 
vhm-Sim, se exactamente como está definido é que tenho dúvida. Mas acho fundamental que procuremos manter a língua coesa no âmbito dos PALOP. Se o mundo nos deixar com o português confinado a Portugal vamos ficar mais sozinhos, muito mais pequenos, numa espécie de claustrofobia que será difícil de ultrapassar e que nos prejudicará a todos os níveis, desde logo, e mais ainda, no que respeita à auto-estima.
ALAGAMARES-O graffitti é uma forma de arte ou vandalismo?
 
vhm-Amo graffittis. Há gente fabulosa a pintar por aí. Adorava que me pintassem umas paredes, umas telas, uns papéis, o que fosse. Mas compreendo que nem todos os cidadãos pensem assim, e as casas são de quem são. Creio que há graffitters que entendem um pouco melhor a ética da coisa e fazem intervenções em lugares que, por algum motivo, se adequam melhor à filosofia rebelde da coisa. Penso que algumas zonas das cidades deviam ser declaradas de liberdade criativa a este respeito. Seria lindo. Já a malta dos tags é uma treta. Assinam por aí fora num problema de ego mal resolvido. Não gosto.
ALAGAMARES-Porque escreve sempre com minúsculas?
 
vhm-Porque procuro aproximar-me do modo como verdadeiramente falamos, e não falamos com maiúsculas. O nosso discurso acentua-se naquilo que, pelo sentido das palavras, leva o interlocutor a uma espécie de sublinhado. Nos livros faço isso, ou procuro fazer, que é deixar ao leitor a atribuição da importância relativa de cada palavra. Há uma aceleração do texto e uma democratização da dignidade de cada expressão, de cada vocábulo.
ALAGAMARES-Como vê a juventude portuguesa desta última década?
vhm-Infelizmente parece-me que a minha geração está a retroceder em valores. Nos anos oitenta vivemos numa liberdade, e sobretudo com os olhos postos numa prometida liberdade que, quando passamos a ser pais, voltamos a fechar.
Lamento encontrar em escolas que visito malta dos 15 aos 18 com valores mais antigos dos que os meus. Cheios de preconceitos e caminhando, por exemplo, para uma sociedade mais machista. Abomino essas cantoras tipo putas que se põem nos vídeos de cuecas a esfregarem-se nos carros ou nos gajos com ar de chulos. A América está a vender à juventude de todo o mundo uma imagem dos rapazes como durões antipáticos e das raparigas como descerebradas e no cio. É uma pena, e lamento que a malta nova depois mimetize estes clichés julgando que isso lhes dá poder.
ALAGAMARES-Sintra para si suscita que tipo de sentimentos?
vhm-Tenho vertigens. Tentei um dia subir aí umas ruínas e fiquei petrificado nos primeiros degraus. Tinha vinte anos e foi um pesadelo. Quando penso em Sintra revivo um pouco esse momento em que percebi que o incómodo com as alturas podia ser extremo.

sábado, 29 de outubro de 2011

Orbesirindo

In-InicioSom...e a música fez-se verbo.

As Orbes Ir Indo numa viagem orbital (ou des?) de falar música e música falar.
OuvirEscutarBrincar. TocarVozearRitmar.
Expriment(ar). 
Ver como o Tempo vai estar. JamIrIndo sem parar. 
Spoken Music não é palavra só de pensar...não é música só de ouvir. Sentir. Viajar.
A voz é cantante a música é falante:
Haja pavilhão auricular! Sem crise(s).
Música falante à voz musical.
Orbesirindo, um novo projecto de spoken music, de Rui Zilhão, Pedro Hilário e Rui Mário.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Eleitos os novos órgãos sociais da Alagamares

Foi eleita a 25 de Outubro uma nova equipa da Alagamares para o próximo biénio. Acima, os novos dirigentes:
Assembleia Geral-Paulo Escoto, Teresa Ricardo e Carla Major
Direcção- Fernando Morais Gomes, João Rodil,João Afonso Aguiar, João Faria dos Santos, Susana Gaspar,Filipe Fiúza e Ricardo Duarte
Conselho Fiscal- Eugénio Montoito,Slava Ruiz e Ricardo Ferreira Fidalgo
Os novos órgãos sociais e membros do novo Conselho Consultivo:Filipe Costa,Carla Dias, Miguel Real,Fernando Pereira,Luciano Reis, Ruy Oliveira e Daniel André. Não estiveram presentes mas integram esse órgão igualmente João Lacerda Tavares,Guilherme Leite, Jorge Menezes, José Furtado,Pedro Macieira,Rui Mário e Fernando Cunha.
A Mesa da Assembleia Geral:João Pedro Santos, Paulo Escoto e João Afonso Aguiar.
O novo vice presidente João Rodil cumprimenta o presidente da Assembleia Geral.

Já em Novembro a Alagamares leva a cabo a sua 5ªOficina de Teatro, de 15 de Novembro a 11 de Dezembro, e dia 19 de Novembro leva a efeito um debate no Palácio Valenças acerca da Reforma da Administração Local em Sintra, com especialistas e membros dos partidos políticos.





Enviaram saudações Mário João Machado, António Luís Lopes, Pedro Rodil, Fernando Castelo, Pedro Macieira,Jornal de Sintra, e outros que iremos adicionando.
 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Programa da Alagamares 2011-2013


Tarefas preconizadas para o período 2011-2013
COOPERAÇÃO: Celebraram-se  já acordos de cooperação com o Centro Nacional de Cultura, o Ten-Chi Internacional, a SETA- Sociedade Portuguesa para a Educação e Turismo Ambiental e o Centro Mário Dionísio-Casa da Achada, com os quais continuará a desenvolver actividades em parceria. Procurará neste biénio celebrar novos protocolos e acordos com autarquias, associações, pessoas colectivas de direito privado, galerias, grupos de teatro e música, etc no sentido de partilhar projectos, obter apoio para os promovidos pela ALAGAMARES, e divulgar as suas actividades, numa óptica de cooperação e intercâmbio. Para tanto será dinamizado um grupo de trabalho, com supervisão do Presidente visando desenvolver novas parcerias e articular a cooperação com as já acordadas.
QUOTAS E APOIOS: Procurar-se-á agilizar o sistema de cobrança de quotas e todas as actividades a levar a cabo procurarão ser auto-suficientes, sem endividamento e com custos moderados. As iniciativas distinguirão a qualidade de associado e não associado, com atenção à qualidade dos primeiros, desde que mantenham as quotas actualizadas, ou atento o seu contributo em tarefas de apoio na organização e promoção dos eventos. Procurar-se-á um sistema ágil e eficaz de obtenção de apoios e patrocínios para as suas actividades.
LOGOTIPO E SITE: Ir-se-á modernizar o logotipo e a imagem geral da ALAGAMARES, lançando-se para tanto um concurso de ideias aberto junto dos sócios. Será ainda optimizado o nosso portal www.alagamares.net bem como o blogue Notícias da Alagamares http://alagamaresnews.blogspot.com/ e a manutenção duma agenda cultural mensal.
COLÓQUIOS E DEBATES: Procurar-se-ão organizar, realçando sempre as iniciativas vindas da parte dos associados, um conjunto de colóquios de interesse cultural e científico, a promover em locais adequados e acertados pontualmente, com oradores convidados e abertos a todos. Poderá ser adoptado modelo de conferência, debate, sarau ou jantar. Entre os temas a explorar estarão temas históricos, de economia local, intervenção cívica, património, poesia, urbanismo, defesa do consumidor, ambiente, etc, bem como debates destinados à discussão da revisão do PDM e Plano de Sintra, e um outro sobre “Modelos de Desenvolvimento Económico e Emprego: uma alternativa para Sintra”, em moldes a definir. Está a ponderar-se um ciclo de conferências mensais regulares em Sintra, em parceria com um espaço cultural local. Está proposto um Encontro de História Medieval de Sintra para 2013. Será promovida a divulgação popular de ciência e tecnologia, através de artigos de divulgação a editar regularmente através do portal da Associação, e serão igualmente promovidos debates e visitas de natureza científica, conferências ou tertúlias.
VISITAS E ROTEIROS: Serão efectuadas visitas guiadas, de preferência aos fins de semana, com número mínimo de participantes a anunciar, a locais ou circuitos de relevante interesse histórico, cultural, científico e ambiental, além de outros circuitos de periodicidade mais espaçada (a Marrocos ou Astúrias, por exemplo), e passeios pedestres orientados, ou em bicicleta. Em Outubro de 2013 atentos os 870 anos do Tratado de Zamora, fundação da nacionalidade, será realizada uma iniciativa em parceria com uma instituição do país vizinho. Entre os próximos, ir-se-á assinalar a Sintra de Fernando II, visitas a faróis, a estúdios de televisão, ao Museu do Fado, à Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, aos centros de ciência viva, à Faculdade de Ciências, etc. Serão promovidos ainda os "Sábados pela Vila", o “Itinerário pelo Pão e pela Água” e a continuação do ciclo de passeios aos parques naturais portugueses e vilas históricas, para além de se voltar a realizar o Grande Convívio de Verão da ALAGAMARES. A associação promoverá convívios onde se promoverá o lazer, a diversão e o reforço do sentimento de grupo, de carácter regular, e igualmente promoverá passeios pedestres e de cicloturismo, desportos e jogos tradicionais, e, por si ou em ligação com outras associações, passeios no litoral, de observação de fauna, flora, e geologia. No Verão de 2012 procurará promover-se um acampamento da ALAGAMARES, virado para o lazer e educação ambiental.
DINAMIZAÇÃO ARTÍSTICA: Promover-se-ão mostras e espectáculos de música popular e erudita, cinema, teatro, dança, ópera, musicalidades étnicas, poesia, exposições de arte, design e escultura, e outras, com a participação privilegiada de novos artistas e talentos, de preferência ligados ao concelho de Sintra, mas também nacionais ou estrangeiros. Igualmente se procurará realizar um Festival de Cultura Urbana de periodicidade anual, visando conhecer a identidade da zona urbana de Sintra, suas realidades, personagens, rotinas, novas tradições e subculturas, englobando Grafitti Art Expo, Show Break-Dance, debates, Show Spoken Word - Poetry Slam Sintra (Poesia Urbana), Concerto de R.A.P/ Hip-Hop / Jazz Urbano, um concurso de ideias digitais (explorar a identidade da zona urbana através dos meios digitais) um show de Parkour(novo desporto urbano), shows deSkateboard e Bike e uma Taça de Street Football .Ao longo do biénio igualmente se promoverá um Mercado Cultural itinerante, visando promover e dinamizar os produtos, eventos e projectos da cultura sintrense através da apresentação e venda ao público de produtos culturais (artesanato, livros novos e usados,velharias, quadros, CD's de música (local, nacional e internacional),DVD's de cinema (local, nacional e internacional) e apresentação de mini-shows: concertos, teatros, marionetas, recitais de poesia, etc; demonstração e workshops de artesanato. Será dinamizado um percurso poético pelas ruas de Sintra «Conta-me a história daquela casa»  procurando as casas desabitadas em risco de perderem a sua história e a sua identidade. Percursos dinamizados por actores com a ajuda das pessoas que habitam essas ruas, bem como de historiadores. Um projecto que virá enriquecer a comunidade Sintrense, na medida em que procurará asas de que poucos falam e/ou que poucos conhecem, sensibilizando ao mesmo tempo para a necessidade da sua preservação. Será promovido um ciclo de Leituras Encenadas: Poesia - Uma vez por mês, actores e diseurs se juntam para “espalhar a palavra”, com pequenos apontamentos performáticos, em diferentes espaços de Sintra – maioritariamente espaços de convívio nocturnos 1 Poetas Sintrenses; 2. Poetas Portugueses; 3. Poetas PALOP’s; 4. Poetas Europeus; 5. Poetas do Mundo. Será também dinamizado o projecto «A Minha Comunidade»: um encontro entre artistas sintrenses e as suas comunidades, partindo de diferentes expressões artísticas: artes plásticas, artes performativas, artes visuais, música, etc.; propomos que cada artista amplie a sua perspectiva sobre a diversidade em Sintra, principalmente em diferentes “bairros” e que a mostre ao público. Partindo da observação da interculturalidade,
DEFESA DE PATRIMÓNIO E URBANISMO: Será promovido o estudo e a divulgação do património de Sintra, com especial enfoque no património em risco, bem como o estudo do urbanismo em Sintra, incidindo na expansão urbanística excessiva e nos problemas daí resultantes, e na melhoria da qualidade de vida proporcionada pela valorização do ordenamento do território, da arquitectura de qualidade, dos valores paisagísticos, do turismo sustentado e do respeito pelos habitats naturais e meio ambiente. Será aprofundado o estudo e discussão dos planos de ordenamento do território, nomeadamente a revisão do PDM de Sintra, do plano da orla costeira Sintra-Sado e outros, em vigor ou previstos, com participação e promoção de sessões públicas de acompanhamento e esclarecimento. Será institucionalizado um Painel de Intervenção Cívica de composição multidisciplinar visando observar, listar e procurar resolver situações que ponham em causa o bem-estar e o desenvolvimento humano a nível social, cultural, ambiental, patrimonial e económico em Sintra, elaborando uma lista de risco de casos prioritários e procurando reunir com os intervenientes e moderar a resolução dos casos  procurando recuperar e equilibrar a situação. Em caso de impossibilidade de diálogo/moderação, tal grupo promoverá pressão social e denunciará o caso na praça pública, promovendo a apresentação das queixas que se mostrem necessárias junto das entidades competentes.
OFICINAS CRIATIVAS: Procurar-se-ão organizar "workshops" sob temáticas de ecologia, educação ambiental, cultura popular, património e outros, decorrente dos quais se entregarão certificados de participação. Entre os próximos privilegiar-se-ão os ligados à jardinagem, escrita criativa, azulejaria, banda desenhada, teatro,etc.
MEMÓRIA: Sendo a ALAGAMARES cultora da memória colectiva, procurar-se-ão organizar homenagens a vultos relevantes de Sintra merecedores de ser recordados pelo seu tributo à comunidade, mencionando-se a título de exemplo M.S.Lourenço, Bartolomeu Cid dos Santos ou Domingos Jardo. Será ainda criado um núcleo que promoverá a produção, recolha e arquivo de materiais expositivos, fotográficos e audiovisuais da associação, bem como a produção e distribuição, em ligação com os outros núcleos operacionais, dos materiais de propaganda, divulgação e sensibilização da mesma, ajudando a operacionalizar as actividades.
MICROESTRUTURA: Para a concretização das diversas actividades a futura Direcção, atenta a experiência do passado e suas lições, criará núcleos compostos por associados voluntários que garantam a logística, apoio e sucesso dos diversos eventos e chefiados por um coordenador livremente designado e substituído pela Direcção e que responderá perante a mesma acerca das tarefas desenvolvidas. Os coordenadores que não sejam simultaneamente membros dos órgãos sociais terão assento sem direito a voto nas reuniões da mesma onde sejam agendados assuntos em curso nessas áreas. Imbuído duma cultura de participação e diálogo, o Presidente informará de toda a actividade, na sequência de cada reunião da Direcção, os presidentes da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, enviando-lhes as actas, documentos e expediente que haja interesse para conhecimento e, nos prazos legais, para o exercício das legais competências. Todos serão convidados a regularmente manifestarem as suas opiniões sobre as actividades da associação, e a qualidade das mesmas, seja em Assembleias Gerais ou em reuniões abertas da Direcção, com participação dos associados, as quais serão anunciadas previamente.
CONSELHO CONSULTIVO: Será igualmente activado desde já um Conselho Consultivo, composto por figuras de reconhecido mérito e prestígio, podendo com a sua experiência e conhecimento ajudar à valorização dos objectivos da associação. Dele farão parte, sem prejuízo de outros que venham a ser convidados, os escritores Miguel Real e Jorge Telles Menezes, os bloggers Daniel André e Pedro Macieira, os autarcas Fernando Pereira e Fernando Cunha, os actores Rui Mário e Carla Dias, o produtor de televisão Guilherme Leite, os divulgadores de história local Ruy Oliveira e Luciano Reis, o director da EPAV, José Luís Furtado, o advogado João Lacerda Tavares, e o designer gráfico Filipe Costa. O Conselho Consultivo poderá reunir por iniciativa própria ou a pedido da Direcção, formulando recomendações e entre si elegerá um Presidente e um Secretário.
A ALAGAMARES, PARCEIRO PARA O DIÁLOGO: A ALAGAMARES interage com a sociedade, e quer dela beber experiências, rasgar caminhos e ser agente de mudança, continuando a ser um parceiro e actor cultural, na sequência dos seus seis anos de actividade e mais de 90 eventos realizados nas mais diversas áreas, mas quer sobretudo divulgar e aprender, para tanto se balizando pela discussão e abordagem permanente de assuntos novos ou em novas perspectivas. Como disse Miguel de Unamuno, "a erudição é, em muitos casos, uma forma disfarçada de preguiça intelectual ou um ópio para adormecer as inquietações íntimas do espírito". Não seremos um núcleo de eruditos, mas seremos artífices e artesãos do Saber, sem dirigismos, dogmas ou espírito de capela, assim cumprindo a nossa missão de cidadãos. A participação entusiasta e crítica nas actividades e na vida associativa será a pedra angular do sucesso e eficácia da associação cujo objectivo é o da promoção da cultura, da região de Sintra e dos seus associados. Em tempos de anemia financeira, não permaneceremos anémicos mas interventivos, cientes de que a cidadania activa deve ser congregadora de sinergias. Rejeitamos a desistência e com entusiasmo e pés assentes no chão proclamamos a nossa vontade de afirmar a Cultura  como um dever social e a acção mobilizadora como propulsora de novos horizontes.
A LISTA CANDIDATA AO BIÉNIO 2011-2013Fernando Morais Gomes, João Rodil, João Faria dos Santos, João Aguiar,Susana Gaspar, Ricardo Duarte, Filipe Fiúza ,João Vicente, Paulo Escoto, Teresa Ricardo, Carla Major, Eugénio Montoito, Ricardo Ferreira Fidalgo e Slava Ruiz.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Debate sobre a Reforma das Autarquias, 19 de Novembro

Tema de actualidade e que a todos diz respeito é o da Reforma da Administração Local, redução de freguesias, alteração do quadro das Finanças Locais e novo modelo de eleição e gestão das autarquias locais.
Preocupados com o tema e numa óptica de debate e esclarecimento, a ALAGAMARES em parceria com o jornal CORREIO DE SINTRA leva a efeito um debate aberto com a participação de cidadãos, autarcas e professores de Direito no dia 19 de Novembro, sábado, pelas 15h, no Palácio Valenças, em Sintra. Mais informações sobre os oradores em breve. Aceitam-se sugestões de oradores que gostassem que estivessem presentes e temas a abordar para o nosso endereço electrónico. Entrada livre. Presenças já confirmadas:
ANTÓNIO CÂNDIDO DE OLIVEIRA

Professor Catedrático da Escola de Direito da Universidade do Minho, onde lecciona Direito Administrativo, Direito das Autarquias Locais, Direito do Urbanismo e Direito do Ambiente. Director do Mestrado em Direito das Autarquias Locais.Director das Revistas “Scientia Iuridica” “Cadernos de Justiça Administrativa” e “Direito Regional e Local”. Tem também obra publicada no domínio do direito autárquico.

ANDRÉ FREIRE
Agregado em Ciências Políticas no ISCSP-UTL,Doutor em Sociologia Política pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa,  Mestre em Ciências Sociais pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.



SILVINO MALHO RODRIGUES
Responsável concelhio do CDS/PP

  
LINO PAULO
Deputado Municipal do PCP


JOÃO SILVA
Deputado Municipal do BLOCO DE ESQUERDA

RUI PEREIRA
Presidente da Comissão Política Concelhia do PS

JOSÉ FAUSTINO
Presidente da Concelhia do PSD

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Homenagem a Mário de Azevedo Gomes



A Parques de Sintra - Monte da Lua SA apoia a realização de 20 a 23, no Parque da Pena, do Congresso “A Árvore Histórica, Herança Cultural”, durante o qual, no dia 21, será feito o lançamento de dois livros de homenagem ao Professor Mário de Azevedo Gomes: a sua biografia, escrita pelo Engº Ignacio García Pereda, e a reedição (em fac-simile) da sua “Monografia do Parque da Pena”.

Mário de Azevedo Gomes foi filho do comandante Manuel de Azevedo Gomes e de sua esposa Alice Hensler, a filha de Elise Hensler, a condessa de Edla. Licenciou-se em Engenharia Agronómica em 1907, enveredando por uma carreira na área da silvicultura e da investigação e docência universitária.Foi admitido como docente do Instituto Superior de Agronomia em 1914, exercendo funções docentes até 1946. Voltou à docência em 1951, jubilando-se em 1955.Foi fundador e primeiro director da Estação Agrícola Nacional e dirigiu os programas de extensão rural, então designados por instrução agrícola, entre 1919 e 1925.Entre Dezembro de 1923 e Fevereiro de 1924, foi ministro da Primeira República Portuguesa, integrando o executivo presidido por Álvaro Xavier de Castro.Após o Golpe de 28 de Maio de 1926 aderiu à oposição democrática, sendo um das figuras mais ilustres da oposição anti-salazarista.Foi colaborador da Seara Nova e membro da Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática (MUD), à qual presidiu. Em 1946, foi-lhe instaurado um processo disciplinar por ter redigido um manifesto crítico sobre o posicionamento de Portugal face à Organização das Nações Unidas (ONU), de que resultou a sua demissão do lugar de professor da Universidade Técnica de Lisboa. Foi readmitido em 1951, jubilando-se em 1955.Em 1948, já depois da extinção do MUD, presidiu à comissão central da candidatura a Presidência da República o general Norton de Matos.
A sua Monografia do Parque da Pena, obra há muito esgotada e agora reeditada em fac símile é uma boa notícia, pela sua natureza exaustiva e única, quer pelo seu valor científico e histórico, e para cuja reedição a Alagamares já havia feito sugestões à Parques de Sintra-Monte da Lua que assim dá um contributo importante para o conhecimento do Parque da Pena e da sua flora endémica e exótica. Por realizar, fica ainda a grande homenagem a Carlos de Oliveira Carvalho, o “Carvalho da Pena”, durante décadas abnegado e zeloso  administrador florestal no dito Parque, e por nós e mais sintrenses reiteradamente reclamada.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eleições na Alagamares


Caros Amigos, realizando-se dia 25 de Outubro pelas 21h na Casa de Teatro de Sintra, na R.Veiga da Cunha, em Sintra a Assembleia Geral da Alagamares visando a eleição dos corpos sociais 2011-2013, convidamos a estarem presentes, votando sendo sócios ou participando num momento de partilha cultural sendo amigos ou acompanhando as nossas actividades, trazendo sugestões e ideias.
São entretanto os seguintes os nossos candidatos:


ASSEMBLEIA GERAL

PRESIDENTE
PAULO ESCOTO
Formador de fotografia no Instituto Português de Fotografia.Fotojornalista.Animador sócio-cultural.Presidente da Pranima-Associação para a Animação

TERESA RICARDO
 
Funcionária de Empresa Informática, fundadora da Alagamares

CARLA MAJOR
Livreira

DIRECÇÃO

PRESIDENTE
FERNANDO MORAIS GOMES
Advogado. Jurista da Câmara Municipal de Sintra desde 1989. Dirigente associativo e formador na área do Direito do Urbanismo. Autor dos blogues Café com Adoçante e O Reino de Klingsor. Fundador e Presidente da Alagamares desde 2005. Fundador em 2009 da PAACS-Plataforma das Associações e Agentes Culturais de Sintra. Colaborador em jornais e revistas. Antigo dirigente do Sport União Sintrense.

VICE PRESIDENTE
JOÃO RODIL
Escritor, Autor de livros sobre temática local e literatura de Sintra. Autor de documentários para a televisão. Pescador, caçador, saloio e tudo.

SECRETÁRIO
JOÃO AFONSO AGUIAR
Nasceu em 1985, é licenciado em Direito e aluno do mestrado de Ciências Jurídico-Políticas. Associado da Alagamares desde o ano de 2009, iniciou a sua experiência associativa no movimento associativo estudantil onde teve um percurso no âmbito regional e nacional. Amigo de causas na defesa/divulgação da história, do património e da cultura.

TESOUREIRO
JOÃO FARIA DOS SANTOS
Contabilista, Fundador da Alagamares, membro da ADIM- Associação de Defesa dos Interesses de Monsaraz

VOGAIS
SUSANA GASPAR
Nasceu em 1987.Licenciada em Ciências da Cultura-Comunicação e Cultura, pela FLUL.Frequenta o último ano do mestrado em Educação Artística-Teatro na Educação.Vive em Sintra onde trabalha como actriz profissional para diversos grupos: bYfurcação, Éter, Utopia Teatro, Valdevinos,entre outros.É professora de expressão dramática e guia em museus. É ainda voluntária em diversos grupos informais de Sintra, estando envolvida em variados projectos de educação e activismo.

RICARDO DUARTE
Carteiro, finalista do Curso de História de Arte, colaborador em movimentos associativos locais de Sintra

FILIPE DE FIÚZA
Nasceu em 1983, em Sintra. Depois de concluir os estudos liceais na Escola de Santa Maria, ingressou na Universidade Nova de Lisboa vindo a formar-se em Engenharia Civil. Desde muito cedo inicia as suas composições poéticas sob a influência de obras de Rainer Maria Rilke, Isidore Ducasse, Friedrich Holderlin, Fernando Pessoa e Ruy Belo. Em 2003 conhece o poeta António Gancho com quem trava amizade. Representa Portugal na UniVerse - a United Nations of Poetry e é membro da W.P.S. - World Poets Society. Colabora com o jornal cultural Selene - Culturas de Sintra. Tem publicadas as obras Beliula (2008) e Angusti Folia (2010).

SUPLENTE
JOÃO VICENTE
Actor e Encenador

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE
EUGÉNIO MONTOITO
Historiador. Antigo director do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Sintra

SLAVA KATIUSKA RUIZ
Organizadora de eventos na área do ambiente, funcionária da Parques de Sintra-Monte da Lua

RICARDO FERREIRA FIDALGO
Residente em Sintra desde 1976. Advogado no concelho desde 1999, " partilho  uma profunda paixão por fotografia e pela nossa bela vila"


CONSELHO CONSULTIVO
O Conselho Consultivo reunirá por iniciativa própria ou a pedido da Direcção, e após a posse escolherá um Presidente e um Secretário, funcionando com independência e formulando sugestões, críticas e recomendações. Aceitaram o nosso convite e confirmaram integrar o mesmo até agora:

FERNANDO CUNHA
Comerciante, presidente da Junta de Freguesia de S.Pedro de Penaferrim e do 1º de Dezembro. Proprietário da Casa Piriquita

DANIEL ANDRÉ
Estudante de informática,amante de Sintra, autor do blogue Serra de Sintra www.serradesintra.net

RUY OLIVEIRA
Arqueólogo, escritor e autor de artigos sobre História Local

JORGE TELLES DE MENEZES
Poeta, tradutor, dramaturgo, cultor de spoken word. Sintra estruturou a sua existência. O verdadeiro cosmopolita é o mais puro defensor da tradição. Cresceu como ser humano quando traduziu Martin Heidegger e William Faulkner. De poesia publicou os livros In einer Fremden Stadt e Selenographia in Cynthia. É contra a civilização do petróleo, só usa transportes públicos. Editou em 2011 Novelos de Sintra e promove a revista cultural digital Selene- Culturas de Sintra


LUCIANO REIS
Licenciado em Gestão das Artes, possui frequência de mestrado em estudos de teatro, da FLUL. É diplomado em Formação de Actores pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalha regularmente em projectos culturais, educativos e artísticos. Na área editorial tem publicados 45 livros em áreas tão distintas como a teatro, turismo,biografias, monografias, história do circo e poesia

FILIPE COSTA
Designer gráfico e publicitário


JOÃO LACERDA TAVARES
Advogado, ex- vereador da Câmara Municipal de Sintra, administrador da empresa Parques de Sintra-Monte da Lua, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra

GUILHERME LEITE
Actor e produtor de televisão, fundador da Saloia TV e da plataforma Web Digital

FERNANDO PEREIRA
Presidente da Junta de Freguesia de S.Martinho, Sintra

MIGUEL REAL
Miguel Real é o pseudónimo literário de Luís Martins (1953 -) Escritor, ensaísta e professor de filosofia.Em 2006, conquistou o Prémio Literário Fernando Namora com o romance A Voz da Terra.Licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa e Mestre em Estudos Portugueses pela Universidade Aberta, com uma tese sobre Eduardo Lourenço.É, actualmente, colaborador do JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias onde faz crítica literária.É radialista na Antena 2, no programa Um Certo Olhar com, Maria João Seixas, Luísa Schmidt, Carla Hilário Quevedo e Luís Caetano.Prémio Revelação de Ficção da APE/IPLB em 1979 (O Outro e o Mesmo) Prémio Revelação de Ensaio Literário da APE/IPLB em 1995 (Portugal – Ser e Representação) Prémio LER/Círculo de Leitores 2000 (A Visão de Túndalo por Eça de Queirós) Prémio Fernando Namora da Sociedade Estoril Sol em 2006 (A Voz da Terra)

CARLA DIAS
Actriz


PEDRO MACIEIRA
Apaixonado por Sintra e pelo seus encantos, tem 
o previlégio de viver neste local inspirador, o que lhe permite obter conteúdos históricos relevantes para o seu blog Rio das Maçãs.
Desde 2006 a divulgar  as novidades e as histórias ancestrais de um património repleto de magia intemporal.



RUI MÁRIO
Co- fundador do Teatro Tapafuros e seu actual director e encenador artístico. Coordenador desde 2000 das oficinas de teatro da Escola Secundária Leal da Câmara e das da Alagamares desde 2005. Actor e animador. "Dizedor" de poesia no projecto  de spoken music Orbesirindo. Mestrando do curso de Teatro na Educação da ESE de Lisboa

JOSÉ FURTADO
Director pedagógico da EPAV- Escola Profissional Alda Brandão de Vasconcelos, em Colares

PARTICIPEM E COMPAREÇAM!