quinta-feira, 18 de abril de 2013

Cronologia de Sintra I- Da Monarquia à República 1880-1910






1880
António Chaves Mazziotti representa Sintra nas Cortes (até 1900)
O arqueólogo Carlos Ribeiro descobre a anta de Agualva 

Dezembro

1-Fundada a Sociedade União 1º de Dezembro, por influência, entre outros, da condessa d'Edla

1882

A Quinta Velha, propriedade dos herdeiros do Marquês de Pombal, é comprada por parte de um conjunto de sócios para loteamento, sendo aí construído o Mont Fleuri, de Pedro Gomes da Silva

Por ocasião das festas de Nossa Senhora do Cabo o Repuxo do Paço Real, é truncado, construindo-se um tanque de pedra de aparelho tosco.
29 de Março- D.Fernando II adquire em escritura de aforamento à Câmara de Sintra a Fonte de Santa Eufémia, com foro de 70 réis pelo Natal.
Júlio César  Pereira de Melo deputado por Sintra às Cortes
 
1883


Aprovada a instalação de um farol eléctrico e de um sinal sonoro no Farol da Roca.

Agosto

28- O Vapor Rydel naufraga no Cabo da Roca, tendo-se salvo os 20 tripulantes.

1884

Surge o Jornal de Vila Verde, com 2 páginas e 1 único número, dirigido por José Moreira e abordando assuntos da arte da cantaria.

A Propriedade do Convento da Penha Longa é pertença de Sebastião Pinto Leite, visconde da Gandarinha, mais tarde conde de Penha Longa, aí realiza obras de beneficiação adaptando o antigo mosteiro a residência estival.

Manuel José Monteiro adquire em hasta pública o domínio directo de um prazo existente na Quinta da Regaleira, que pertencia ao Seminário de Santarém, pela extinção da Colegiada de São Marinho de Sintra.

0utubro

3-Nasce a Associação de Socorros Mútuos 3 de Outubro de 1884
António Almeida Costa e Silva, 5º conde de Ficalho, deputado por Sintra às Cortes

1885
A Companhia de Carruagens Omnibus explora uma carreira para Sintra via Benfica,Porcalhota,Ponte Pedrinha, Papel e Rio de Mouro

Francis Cook, viúvo, casa em segundas núpcias com uma americana, filha de R. B. Caflin, de New York

The Gardener's Chronicle publica um artigo de C. A. M. Carmichael com descrição pormenorizada do jardim de Monserrate, e com uma gravura.

Vitor Sassetti adquire três terrenos na Serra de Sintra para construção de uma casa de veraneio no local.

Construção por Carlos Mourato Roma, antigo director do Tesouro Público e político liberal, da Villa Roma. O terreno é comprado ao Marquês da Praia, e o projecto da casa encomendado a um estucador e pintor que estava a restaurar as salas de Seteais e que mais tarde projecta a decoração da Quinta do Relógio.

D. Luís oferece um banquete no Paço Real aos exploradores Brito Capelo e Roberto Ivens.
Novembro
8- Surge o Jornal de Cintra, que dura até Maio de 1887, afecto ao Partido Progressista e financiado pelo cacique local desse partido, António Chaves Mazziotti. Custa 10 réis, nele tendo colaborado Barreiros Cardoso e António Cunha, figura referencial nos jornais editados durante este período. Dura até ao nº 49

Dezembro
8- Aparece O Cintrense, bi-semanário, e pela primeira vez circulam 2 jornais em simultâneo. Até 15 de Abril de 1886, publicam-se 17 números. Director João Wagner Russell Júnior

15- Morre D. Fernando II, fazendo a condessa d’Edla legatária de todos os seus bens, incluindo o Palácio e Parque da Pena. O seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, sua primeira esposa, no Panteão dos Braganças, em São Vicente de Fora, Lisboa. Á morte de D. Fernando ainda havia alguns trabalhos a decorrer na Pena.

Construção da Rampa da Pena e das estradas de acessos às quintas.
É presidente da Câmara José Joaquim Lopes Gonçalves, conhecido como o "Gato Amarelo", dono de uma botica na Vila.
Aparece O Cintrense, e pela primeira vez que circulam 2 jornais em simultâneo. Até Abril de 1886.
27- Uma comissão de sintrenses, reunida no Jornal de Cintra, decide organizar um corpo de bombeiros
1886
Maio
26-O futuro Rei D. Carlos e D. Amélia de Orleães (reis de Portugal a partir de 1889) passam a lua-de-mel na Quinta do Relógio.
Francis Cook (foto de família,abaixo) torna-se Baronet, passando a ser Sir Francis Cook.
Início da construção do Chalé Biester, segundo projecto de José Luís Monteiro. Será concluído em 189
Realiza-se no Parque da Pena um inventário da flora do parque.
Segundo uma ilustração de Haupt, no Paço Real a escadaria da fachada principal localiza-se à esquerda, dando acesso directo a uma porta rectangular aberta no 1º arco quebrado, e estando os seguintes entaipados e providos de janelas duplas em arco pleno.
Fundação da povoação da Praia das Maçãs com a construção da estrada entre a Várzea de Colares e a Praia das Maçãs. Estrada essa feita com a colaboração de uma comissão composta por Luiz Almeida Albuquerque, Joaquim Gusmão e António Mazziotti.
Setembro
26-Chega a Sintra a primeira locomotiva do caminho de ferro
Lino António da Costa é presidente da Câmara Municipal de Sintra
1887
Os trabalhos de plantação e manutenção dos jardins do Palácio de Monserrate são entregues a Walter Oates.
Construção da fonte e do lago na Villa Roma, servidos por água vinda de um terreno de 19 hectares adquirido para o seu fornecimento.
Abril
2- O comboio circula entre Alcântara Terra e Sintra
Julho
10-Publica-se O Clamor de Cintra, com tiragem de 5000 exemplares, dirigido por José Sampaio e Castro. Até 20 de Janeiro de 1889.
22-Primeira corrida na nova Praça de Touros
Manuel Joaquim de Oliveira presidente da Câmara
Em 1887 a Câmara tem de receita 20.221 réis e despesa 20.131 réis, tendo sido reparados muitos caminhos e 12 fontes do concelho
1888
Fevereiro
12- Surge A Bisnaga, jornal burlesco, de que se publica um único número, e cujo director assina o curioso nome de N.O.C.U. Meta.O.Nariz

Publicação do romance Os Maias, de Eça de Queirós, passando-se muitos dos seus episódios em Sintra.
Demolição do "Arco do Marquês", nas imediações da Fonte da Pipa
Um guia de Sintra desta data refere a fonte dos Pisões ainda na sua versão setecentista.
Inaugurada a rede de abastecimento de água em regime de concessão a Paulo de Azevedo Chaves (até 1920)
1889
Fevereiro
9- Assassinado Joaquim Leonardo, homem bom de Albarraque
Junho
25-O Palácio da Pena é adquirido pelo Estado por 310 contos, mantendo a condessa d'Edla a propriedade do Chalé e do Parque e passando a ser utilizado regularmente pela Rainha D. Amélia.
Julho
O Palácio de Seteais é hipotecado provisoriamente a favor da Companhia Geral de Crédito Predial Português, da Firma Fonseca, Santos & Viana.
Setembro
1- Criada a Associação dos Bombeiros Voluntários de Sintra
Novembro
Penhora do Palácio de Seteais a favor de Domingos Francisco de Assis, João Narciso Oliva e José Daniel da Silva Tavares.
Data dos vitrais, franceses e com as inscrições " Hubert - Paris" e " Champ Vert" na Quinta do Ernesto Biester.
Burnswick descreve o Convento dos Capuchos como "situado no centro d'uma triste solidão, rodeado pela aridez, e açoutado pelos vendavaes (...), este pequeno mosteiro aberto na rocha e contendo umas doze cellas nas quaes (mal) se podiam mover os seus desgraçados habitantes"
Início da construção da Vila Guida, de Alfredo Keil, na Praia das Maçãs
António Chaves Mazziotti eleito para as Cortes representando o círculo eleitoral onde se incluía Sintra. Reeleito em 1897, 1899 e 1900 
1890
Até 1923- Construção dos lagos ornamentais na Quinta de Monserrate.
Projecto da vila Sasseti (Quinta da Amizade), da autoria de Luigi Manini.
Edição da revista O Atheneu. Quinzenal, versa assuntos de educação e recreio, com 8 páginas, dirigido por António Augusto Rodrigues da Cunha.
Março
Publica-se a Gazeta de Cintra, orientada por Sampaio e Castro, com tiragens entre os 3000 e os 5000 exemplares, com tipografia própria na R. do Theatro nº 29.Até 22 de Outubro de 1910.
 
9-Fundação dos Bombeiros de Colares e inauguração da "estação de incêndios". É seu primeiro comandante Eduardo Rodrigues da Costa
O 5º conde de Ficalho é eleito para as cortes em representação de Sintra. Reeleito em 1892 e 1894.
Abril
30-Inscrição do prédio da Regaleira a favor de Paulo Carlos Allen, 3º Barão da Regaleira, após a morte da sua mãe, D. Maria Isabel Allen, sendo atribuído o valor de 32 500$000 réis.
Junho
24-Fundada a Real Associação dos Bombeiros Voluntários de Sintra, sendo seu primeiro comandante João Augusto Cunha(foto abaixo)
Agosto
22- Por falecimento de D. Carlota Franzini, a propriedade do Convento da Trindade passa para sua filha, D. Carlota Augusta Franzini de Almeida Soares e  marido, o general Diogo Alexandre de Almeida Soares.
29- Concluída a capela da Praia das Maçãs
Outubro
5- Incêndio na Pena, na Ermida do Gigante
Fundada a Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense
1891
Maio
Inaugurada a estação do Rossio
Junho
Realiza-se a primeira viagem Rossio-Sintra de comboio
Agosto
29-Morre em Sintra o escritor Latino Coelho
Setembro
18-Rezada a primeira missa na Praia das Maçãs, na capela da casa de Alfredo Keil
Novembro
1-Criada a Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares
Na Quinta da Regaleira são desanexados dois terrenos, onde se encontram dois tanques.
1892
Fundação da Sociedade Recreativa e Musical de Almoçageme
Junho
30- Edita-se a Folha de Cintra, dirigida por A.J.Rodrigues
 
Outubro
20- Até Novembro de 1892, e sendo editados 5 números apenas, publica-se o Correio Cintrense, dirigido por Avelino de Almeida e Augusto de São Boaventura. Tem sede na Calçada da Biquinha nº3, na Vila Velha


                                 A Vila Velha, ainda com a Alpendrada
A Peninha é adquirida pelo Conde de Almedina.
Outubro
15- Eduardo Leal e Manuel António Maltez pintam no Monte Fleuri os painéis de madeira, que outrora decoravam o topo da varanda
Novembro
11-Morre Pedro Cambournac, um dos fundadores da Tinturaria Cambournac, no Cacém
1893
Fevereiro
19- Sai o nº1 do Aurora de Sintra, órgão do Partido Regenerador, com 1000 exemplares de tiragem. É director Joaquim Velez de Faria e Abreu

Maio
7- Começa a demolição da Alpendrada, na Vila Velha, o antigo mercado da vila de origem medieval, por deliberação da Câmara presidida pelo visconde da Idanha.
Junho
15-Organizada uma festa no Hospital da Misericórdia, por ocasião da visita da família real a Sintra.
                                         Presos na cadeia da Vila
29- O padre Bento Menni funda a Casa de Saúde do Telhal, da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus para tratamento de doenças mentais
Julho
2- Grande tourada na praça de Sintra, com a presença da rainha D.Amélia e dos infantes
Agosto
6-Grande incêndio num pinhal do Alto da Estephania pertencente ao Duque de Palmela
Outubro
31-Leilão público da Quinta da Regaleira, hipotecada por dívidas do terceiro barão da Regaleira.
31 Outubro- O Barão da Regaleira e esposa vendem a Quinta da Regaleira ao Dr. António Augusto de Carvalho Monteiro(foto abaixo)
Dezembro
11- A Quinta da Regaleira é adquirida por António Augusto Carvalho Monteiro por 21.100 reais com registo de transmissão de direito pleno. Adquire também a parcela de terreno de pomar, jardins e castanhal, que estavam em posse de Manuel José Monteiro, e as duas parcelas desanexadas em 1891. Juntamente com o terreno que comprara ao Marquês da Praia e Monforte, a quinta assume a sua dimensão actual.
A Câmara Municipal de Sintra delibera aprovar o projecto e concessionar, a António Sarmento Pereira Brandão e a João Maria da Silva, a instalação e exploração da iluminação pública a gás.
1894
Abril
16-Registo da propriedade da Quinta da Amizade, tendo esta já um terreno ajardinado e a casa concluída.
Luigi Manini apresenta  novo projecto de ampliação da Quinta da Amizade, acrescentando ao imóvel alguns elementos de inspiração militar, que não serão concretizados.
Inauguração do novo Mercado da Vila, num terreno cedido por Henrique Silva Soares. Reclamações contra a presença da cadeia no centro da vila, «por virtude de os presos tomarem, através das grades, atitudes indecorosas e, ainda, por ter pouca capacidade, ser normal estarem menores em convívio com ladrões e assassinos, portanto em perigo moral».
Leandro Braga trabalha na decoração e mobiliário do salão, sala de jantar, gabinete e capela no Chalé Ernesto Biester.
Maio
6- Edição de O Chicote, com 1 só exemplar, visando fustigar um tabelião de Belas, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra, Joaquim Velez Faria de Abreu. É  seu editor António Augusto Rodrigues da Cunha.
Agosto
26-Incêndio perto da Cruz Alta
Inaugurada a segunda escola mais antiga do concelho, em Belas, designada "Visconde de Abuim"
1895
Surge o jornal humorístico O Ratão

Abril
3- Os habitantes de Benfica pedem para fazer parte do concelho de Sintra, o que ocorreu entre 20 de Novembro desse ano e 1897
Barcarena integrada no concelho de Sintra, a quando da extinção do concelho de Oeiras 
Morre Francisco António Neves, da casa Sapa, e a fábrica torna-se Viúva Neves e Filho (Angelina Conceição Neves e António Francisco Neves)
Constitui-se a Associação dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme
Duplicação da via férrea entre Campolide e Cacém
Enviado para a Batalha de Marracuene um contingente de caçadores de Sintra.
Dezembro
26- Um decreto classifica a comarca de Sintra como de 2ª classe
1896
Sintra cumpre a sua vocação de local de veraneio, com uma vida social em torno da Vila e das idas e vindas da família real e da aristocracia.
Carvalho Monteiro encomenda ao Arquitecto Henri Lusseau os projectos para um palacete, cocheiras e jardim; Carvalho Monteiro rejeita-os e encomenda um outro projecto a Luigi Manini, que desenha minuciosamente todos os pormenores do Palácio da Regaleira; para os executar, recruta colaboradores da "Escola Livre das Artes do Desenho".
Os Cambournac fixam a Fábrica Ceres em Agualva, de moagem a vapor
Março
19-Surge o Correio de Sintra. Dirigido por Raphael do Vale e editado em Lisboa na R. D. Pedro V por Garcia de Lima, custa 40 réis e publica-se aos domingos, intitulando-se “jornal politico, ilustrado, litterario e comercial”, com sede
na Vila Estephanea, hoje bairro da Estefânea 


Abre em Colares o Hotel Éden, com gerência de José Maria Passos

Abril

1- Abre o Hotel Nunes

Abre a papelaria A Camélia

12- Dá-se nota da realização de um comício para preparação do 1º de Maio no quintal do senhor Manuel Galego, nas Lameiras

13-Morre José Inácio Costa, conhecido capitalista e filantropo de Colares.

Casa o dr. Brandão de Vasconcelos, médico que haveria de deixar marca na via económica e cultural de Colares, com D. Rufina Madureira

A vida cultural é marcada pela Fanfarra União Sintrense, a Estudantina Maquieira, o Trio Paulus, que várias vezes actua no Teatro Minerva, em Colares, o sol-e-dó do grupo dos 20, ou o Grupo dos 14, fundado por um conjunto de personalidades que, com João Moreira(foto abaixo) à cabeça organiza diversas récitas e bailes

Inaugurado o teatro do grupo dos 14, com a peça de João Moreira, Solução e Termo e à qual assistem mais de 900 pessoas.

A vida social decorre nas colectividades e cafés, com destaque já nessa altura para a Sociedade União Sintrense, a tasca do Peixe Frito, o café Universal, de Afonso Gameiro da Costa, o restaurante e hotel Silva, o Hotel União ou o Nunes

Maio

13-Na Quinta do Cornélio, em Almoçageme, ocorre um incêndio na adega de José Gomes da Silva

Greve dos pedreiros e cabouqueiros de Montelavar

A imprensa relata indignada o corte de um castanheiro da Índia em Colares, reagindo com ira e dizendo ser preciso "dar caça aos malvados authores de semelhantes proezas"

Por essa altura, o Correio de Sintra lança um folhetim semanal, O Segredo de uma Campa
Junho 
Ocorre um acidente com andaimes no Palácio da Pena, de que resultam 3 feridos

5- A esquadra inglesa fundeada no Tejo é obsequiada com uma recepção na Pena para 70 talheres.

Em S. Pedro, surge o Grupo d'Avante Recreativo, com sede na R. Serpa Pinto
20-Carvalho Monteiro compra ao Marquês da Praia e Monforte, António Borges de Medeiros Dias da Câmara e Sousa uma parcela de terreno que fazia parte do Campo de Seteais, pela quantia de 2 250$000 réis.
Por essa altura é presidente da Câmara de Sintra o visconde da Idanha, Francisco de Aboim (foto abaixo) e administrador do concelho João Manuel Esteves Junqueira. 
Uma curiosidade: dos vários comboios, cerca de 6, que diariamente asseguram a ligação a Lisboa, os das 6h e das 10h55m, não despacham bagagens nem cães…
Inaugurado o teatro do grupo dos 14, com a peça de João Moreira, Solução e Termo e à qual assistem mais de 900 pessoas.
A vida social decorre nas colectividades e cafés, com destaque já nessa altura para a Sociedade União Sintrense, a tasca do Peixe Frito, o café Universal, de Afonso Gameiro da Costa, o restaurante e hotel Silva, o Hotel União ou o Nunes
22- A Família Real chega para passar o Verão, sempre recebida com luminárias e fanfarra e muito povo
Julho
1-Inauguração do cemitério de S. Marçal
Baile de gala na Pena, com Suas Majestades o rei D. Carlos e a rainha D. Amélia e mais dignitários
Surto de angina diftérica em Barcarena
11-Criação da Estudantina de S.Pedro Sempre Avante Recreativa
18-Criação do Clube da Estephanea, presidido por Peito de Carvalho, com Chaby Pinheiro na festa inaugural
Terminando o mês, o aniversário no Paço do infante D. Afonso, irmão do rei. 
Agosto
6- A comarca de Sintra compreende 5 distritos de juízos de paz: Belas, Sintra, Colares, Montelavar e S.João das Lampas
Entre as partidas e chegadas do Verão, realce para a do conselheiro João Franco, figura proeminente da vida política, a veranear em Sintra em casa do sogro, o médico dr. Schindler, ou a dos viscondes de Monserrate, Francis Cook e sua segunda esposa, a sufragista americana Tennessee C. Chaflin, que pela módica quantia de 600 contos haviam adquirido e remodelado o palacete em 1863.
Incêndio na Cruz Alta, perto do palácio e pinhal do Vianinha
Setembro
Pela primeira vez José Ignácio Paulo Costa entrega no Ministério das Obras Públicas o projecto para uma ligação ferroviária de Sintra a Colares e Praia das Maçãs, caminho de ferro de tracção reduzida e sistema americano. Era o antepassado do eléctrico, que contudo, ainda não foi dessa que viu a luz do dia.
26- Círio de inauguração da estrada Colares-Praia das Maçãs, com mais de 5000 participantes.
Alertando a imprensa que os jardins do Duche se encontravam encerrados ao público, de imediato o Conde de Valenças, dr. Luís Jardim,(foto abaixo) proprietário dos mesmos e do palacete contíguo os manda abrir.
Outubro
4-Inaugurado na R.Gil Vicente o Clube Recreativo Familiar Cintrense
Novembro- Em Queluz, a Associação de Recreio Musical de Queluz passa a designar-se Sociedade Musical 21 de Outubro de 1895
Dezembro-Inaugurada em Belas a Associação de Socorros Mútuos Dr.Elisiário José Malheiros
1896 é também um ano em que as vinhas são atacadas pelo mildew (míldio)
1897
Luís Filipe Valente sobe a administrador do concelho
Realiza-se o documentário O Comboio de Recreio e Sintra
A imprensa relata o sucesso da exportação de camélias de Sintra para Madrid, onde eram vendidas a 1 peseta cada.
Fevereiro
Abre cartório na Vila o jovem advogado Virgílio Horta, sendo quase de seguida designado administrador do concelho.
No plano político, em Fevereiro, no Hotel Bragança, em Queluz, abre o Centro Regenerador João Franco, de apoio ao controverso conselheiro.
17- Aparece morto por estrangulamento o funcionário do Palácio da Pena António Rodrigues, por todos conhecido como o Cavaco.
Por esses dias, em Belas, o médico barão da Costa Silveira, dr. Galvão de Melo, assassina a tiro de revólver o farmacêutico e figura querida da terra Manuel José Malheiros(foto abaixo)
 
Abril
A condessa d’Edla passa uns dias no seu chalé, e os Cook recebem em Monserrate amigos ingleses, os Kendall, saudados pela fanfarra da Sociedade União Sintrense.
Como habitualmente por ocasião das visitas anuais,  a viscondessa de Monserrate visita as escolas, e distribui bolos e livros pelas crianças mais necessitadas.
Junho
19-Festa em casa de Teodoro Ferreira Pinto na Vila Estephanea, com a presença do escritor Bulhão Pato
Julho
7- Deslocação para um jantar, na Praia da Adraga, da rainha viúva D. Maria Pia.
O caminho de ferro para Colares e Praia das Maçãs volta à baila, desta feita com projectos de Raul Mesnier e Sertório Corte Real, promovendo-se comícios em Colares a favor da obra. Ainda não seria desta, também…
Agosto
O padre Mathias del Campo, galego refugiado em Portugal, é nomeado coadjutor de Colares
Decorrem sob patrocínio de Luís Augusto Collares as festas das Azenhas do Mar.
Setembro
A par da notícia dum surto de tifo no Mucifal e da continuação das obras da estrada que finalmente ligaria Colares à Praia das Maçãs, uma polémica: o Correio de Sintra denuncia a existência de jogo clandestino no café Universal, na Vila, com a cobertura do administrador do concelho Virgílio Horta.
Outubro
6-A Câmara dá conta de que o conde da Azambuja pretende fechar o campo de Seteais, aforado em 1801.
O farol eléctrico do Cabo da Roca começa a funcionar, com um sistema de reserva composto por um candeeiro a petróleo de 3 torcidas; o aparelho óptico é de 4ª ordem, sendo a rotação produzida por um mecanismo de relojoaria; entra em funcionamento uma sereia a vapor (sinal sonoro).
Realiza-se um dos primeiros filmes portugueses com Sintra como tema: O Comboio de Recreio e Sintra, realizado pela empresa Gameiro Alves, do Brasil.
Também em 1897 a sede da Sociedade União Sintrense passa para a R. do Carneiro, hoje R.Gil Vicente, no local onde mais tarde funcionou o Teatro Gil Vicente, sendo presidente Joaquim Maria de Oliveira Cunha.
1898

 Janeiro-Nasce O Jornal Saloio, na rua da Câmara nº38


Alfredo Keil pinta Um Rebanho em Sintra 

Um crime deixa as populações estupefactas: no Linhó, um desequilibrado de 34 anos, Vicente Baptista, mata a mãe, de 60. Acaba internado em Rilhafoles.

A quinta do Espingardeiro é pertença do 2º conde da Caparica, D. Francisco Xavier de Meneses (1854-1914), filho do 2º marquês de Valada, que no mesmo ano a vende ao 2º visconde de Soares Franco, Francisco Soares Franco (n. 1852).

Fruto das guerrilhas políticas, é dissolvida a Câmara, substituída por uma comissão administrativa presidida por José Luís Gonçalves.

Início da construção do palacete sobre os alicerces da antiga casa do Barão da Regaleira. Carvalho Monteiro decide construir o palácio à beira da estrada, não só pela vista, mas porque pretendia adquirir a Quinta do Relógio, que fica em frente, e ligá-la à Regaleira através de uma ponte. A pedra usada na construção vem da pedreira de Outil, perto de Coimbra.

Fevereiro

Vários choupos de Colares são abatidos, substituídos em Março pela alameda que ainda hoje perdura junto à Adega Regional de Colares (posterior).

O Carnaval desse ano decorre nos espaços usuais, o teatro do Grupo dos 14, e a Sociedade União Sintrense, ou o teatro Minerva, em Colares.

Abril

Anexo ao teatro do Grupo dos 14 é inaugurado o espaço do Grupo Dramático Pinto Ramos.

O crime de Belas chega a julgamento e o homicida do farmacêutico Marreiros, o barão Castro Silveira apanha 3 anos de prisão.

Enquanto isso, nas Cortes, o deputado Chaves Mazziotti pergunta pelas obras da estrada de Sintra a Colares, muito desejadas e sempre adiadas

Na Estefânea e Vila Velha continua a saga do jogo ilegal, e as invectivas do Correio de Sintra contra as autoridades que tal permitem.

Maio

É fechado o tanque da Várzea de Colares
Junho- Publica-se em um só número O Echo de S.Pedro 

Julho
27-A Câmara aprova o projecto da estrada para a Praia das Maçãs 
Agosto

Finalmente é publicado o decreto que aprova a construção da estrada de Sintra para Colares

Na Câmara, discute-se a construção de um jardim público no Rio do Porto

Ocorre um surto de bexigas em Belas

O círio da Senhora do Cabo em Montelavar.

Como habitualmente, a família real veraneia e o Grupo dos 14 oferece um bodo aos pobres no Terreiro Rainha D. Amélia

Carvalho Monteiro adquire os terrenos para construção de uma casa apalaçada (Regaleira)

Setembro

 3- A distracção de uma engomadeira provoca um incêndio no Hotel Netto22-Sai o primeiro número do Progresso de Sintra , dirigido por José Sampaio e Castro

A casa Siemens propõe à Câmara a concessão para instalação da luz eléctrica na Vila

Sob égide de alguns abastados proprietários, entre os quais o deputado Chaves Mazziotti, é criada a Sociedade Edificadora da Praia das Maçãs.

Joaquim Vicente Albogas abre uma serração em Montelavar

Reúne o Centro Socialista de Sintra, presidido por Manuel Dias Ferreira. 
Outubro
30- Azedo Gneco realiza uma sessão de propaganda socialista para os lados de Pêro Pinheiro

O automóvel, novidade recente, desperta interesse geral e o grupo sol e dó do Grupo Recreativo Familiar Sintrense organiza um passeio recreativo a Cascais, pela serra. 
Surge a Sociedade Musical 1º de Maio, em Agualva

O ano acaba com a tomada da Câmara pelos progressistas, presidindo José Joaquim Lopes Gonçalves.

1899

O comerciante Joaquim António Pires é feito barão do Cacém

Em Montelavar, logo em Janeiro, a troupe dramática de Vítor Cruz apresenta o espectáculo Uma para Um, de Alberto Pimentel, enquanto o Grupo dos 14 leva à cena uma récita pelo grupo de Pinto Ramos.

Carvalho Monteiro e família já vivem na Quinta da Regaleira, numa pequena casa, conhecida como Casa da Renascença.

Limpeza do relógio na torre do Relógio que não se efectuava pelo menos há 4 anos, pelo que o mesmo se encontra nesta altura parado.

Fevereiro

4- Em comemoração do centenário do nascimento do Visconde de Almeida Garrett, passa a estrada dos Pisões a chamar-se Avenida Garrett e é colocada uma lápide na entrada dessa avenida, na parede do lado esquerdo que era da antiga Quinta Velha do Marquês de Pombal.

Na Estefânea, inaugura-se o clube Pérola de Cintra, de José Pereira dos Santos

No âmbito das comemorações do centenário de Garrett, é descerrada uma lápide em sua homenagem junto aos Pisões.

O Correio de Sintra de 19 de Fevereiro, entretanto, noticia que o conhecido capitalista Carvalho Monteiro pretende construir uma vistosa casa em Sintra.

Também em Fevereiro, morre o chefe local do Partido Regenerador, o conselheiro Francisco Costa e Silva

Em Monserrate decorrem obras para construção de uma cascata do lado exterior da propriedade.

Maio

Morre o proprietário do Chalet Biester, Frederico Biester.

Junho

16- A família real chega para veranear, sendo que de início a rainha D. Amélia passa alguns dias indisposta, razão porque a 17 de Julho se celebra em S.Martinho um solene Te Deum pelo seu pronto restabelecimento.

Na Câmara dos Deputados, finalmente passa um decreto que permite a construção duma linha férrea até Colares, já pedida desde 1986 e nunca saída do papel, enquanto na estrada Sintra-Colares se realizam obras de requalificação no local conhecido como Ponte Redonda.

Por esta altura, sem data confirmada, decorre a construção do Hotel Central, sendo juntamente com o Hotel Lawrence's, o Hotel Netto e o Victor um dos mais frequentados pela aristocracia e pela burguesia lisboetas.O Hotel Lawrence´s é adquirida por Miguel Gallway, que amplia o edifício, cedendo uma parcela para a instalação de uma pastelaria, sendo  aí que se fabricam  em 1900 os primeiros pastéis de feijão, e ao que consta, também as primeiras queijadas. Também por essa altura o administrador dos Serviços Florestais, Carlos de Nogueira, manda proceder a várias obras no castelo e capela, em cuja abside é colocada uma porta de madeira, adaptando-a a estábulo.

1900

José António de Araújo encena "Revista de Cintra" no Teatro Garrett

A Câmara é dissolvida e nomeada uma comissão administrativa presidida pelo farmacêutico José Simões Dias.

Manuel Emygdio da Silva(foto abaixo) enfrenta Chaves Mazziotti nas eleições legislativas, representando Sintra

Construção da capela da Quinta de São Sebastião.

No início do século a quinta do Relógio é propriedade de António Pinto da Fonseca, passando, depois da sua morte para a sua viúva, Capitolina Vianna Pinto da Fonseca, e a Casa Italiana é habitada por um Montperrand. A Quinta do Vinagre é igualmente restaurada pelo proprietário, Conde de Mafra.

Decorrem obras de infraestruturação da propriedade da Quinta da Regaleira, incluído adaptação e ampliação do sistema de recolha de água, construção da rede de drenagem, movimento de terras para implantação do edifício e percursos, construção de taludes, e muros de suporte.

1901

A imprensa destaca a chegada das primeiras solipas para o novo caminho de ferro até à Praia das Maçãs, (eléctrico) que finalmente avança
                               Praia das Maçãs

Abre o Hotel Bragança, em Queluz, com gerência de Gonçalo Verol Júnior e diárias a 1200 réis.

Morre Sir Francis Cook, visconde de Monserrate, aos 84 anos

Janeiro

17- Por decreto de D. Carlos I, Sir Frederick Cook sucede ao pai com o título de 2º Visconde de Monserrate; faz grandes melhoramentos e compra a Quinta da Penha Verde, aberta ao público, mediante pagamento de bilhete, cujo produto reverte para a Misericórdia de Sintra.
Junho
28-Inaugurados os trabalhos da Avenida Alda, a ligar a R.Margarida com a R.Veiga da Cunha, ao vale de S.Martinho

Agosto

12- Início da construção da linha do elétrico de Sintra à Praia das Maçãs. No início dos trabalhos há largada de foguetes como demonstração do júbilo por tão importante melhoramento.
Dezembro
19-Último número do Jornal Saloio

1902

O 2º Conde de Cartaxo compra a quinta e Palácio dos Ribafria em Lourel.
Constituída a Sociedade Viúva de José Gomes da Silva e Filhos, em Almoçageme, dirigida pelos filhos Bernardino e Ludgero Gomes da Silva

Agosto

26-O Sport Club de Belas é estrondosamente derrotado por uma equipa de Sintra por 14-0, nos Campos de Seteais. Tal resultado será o início do fim do S.C.Belas e o princípio do Sporting Clube de Portugal. O desafio, integrado nos festejos de Nossa Senhora do Cabo, tem a presença do Rei D. Carlos.

É adjudicada a iluminação eléctrica à Companhia do Caminho de Ferro de Cintra à Praia das Maçãs
Novembro
19-A Câmara delibera construir o Bairro de Monte Santos, assim designado em homenagem a José Antunes dos Santos
 

A troupe de Victor Cruz anima os teatros de Sintra

1903

Publicação do livro O Paço de Cintra, da autoria do Conde de Sabugosa, roteiro histórico-descritivo do monumento, ilustrado por desenhos à pena da Rainha D. Amélia(foto abaixo)

É mencionada, em cartas familiares, a compra de fetos e palmeiras para o jardim para a Quinta da Regaleira.

O Estado compra o Chalé da Condessa por 43 contos, continuando a Condessa a ter o usufruto do mesmo.

Os jornais destacam o estabelecimento em Queluz de uma empresa de automóveis.

O apeadeiro do comboio em Rio de Mouro é concluído

Em Queluz destaca-se o grupo dramático Thomas do Nascimento.

Abril

12-Nasce o Grupo União Recreativa do Linhó

O rei de Inglaterra, Eduardo VII visita Sintra


Morre Domingos José Morais, figura destacada da vida local, e pai de Fernando Formigal Morais.

João Augusto de Carvalho é regedor de S. Martinho

Os banhos do Duche custam 160 réis (água quente) e 140 (água fria).

Na Praia das Maçãs, emergente, pontificam as casas Prego e Grego e o engenheiro Van der Wallen faz os primeiros ensaios do eléctrico, quase pronto.

Novembro

22-Realizaram-se as primeiras experiências da Linha entre Sintra e Colares.

Dezembro

Visita do rei de Espanha, Afonso XIII(foto abaixo)

1904

Documenta-se a chegada à Quinta da Regaleira das primeiras peças da oficina de João Machado vindas de Coimbra (grande parte dos artistas permaneciam em Coimbra, na oficina de João Machado, de onde se enviaram as obras, outros, como os irmãos Fonseca, fixaram-se em Sintra). As cavalariças estão já praticamente concluídas; obras na Fonte da Abundância, no aquário, nas torres, nos mirantes e grutas.

Março

31-O eléctrico vê finalmente o momento inaugural, a par da introdução gradual da electricidade




Junho

É inaugurado o chafariz do Vinagre

O conde de Mesquitela é administrador do concelho.

Setembro

11- Sai o último número do Correio de Cintra

É demolida a antiga ermida e capela de S.Sebastião
Um grupo de veraneantes tenta construir um casino em Sintra, o que se vem a malograr por não reunir o número considerado mínimo de 200 sócios.

1905

Início das obras da capela na Quinta da Regaleira, procede-se, simultaneamente, ao arranjo do jardim, com grande parte das espécies compradas no horto Villa Isabel, do Rio de Janeiro.
                               A cavalo, a rainha D. Amélia em Seteais

1905-Aquisição da propriedade da Penha Longa pelo Dr. Luís Soromenho, que a mantém até à 4ª década do séc. 20.
Março
28- Visita do kaiser Guilherme II da Alemanha a Sintra.
Tendo apanhado o comboio em Belém, juntou-se-lhe a Família Real- D. Carlos e D. Amélia na estação de Alcântara. Em Sintra foram recebidos pelo presidente da Câmara, a Real Filarmónica e meninas com flores, tendo o cortejo de 11 carruagens seguido para a Vila, encabeçado pelo automóvel do infante D. Afonso, o Arreda. Depois do almoço, na Sala das Pegas, onde a Guarda Municipal interpretou obras de Wagner, o cortejo visitou a Pena, onde foram apreciadas camélias, tendo ao fim do dia voltado a Lisboa, muito aplaudidos pela população.


Agosto

27- Decorre em Sintra o I Congresso-Concurso dos Bombeiros Portugueses
                               Exercício em Seteais
                                        Uma vacada em Sintra



28-Visita dos oficiais da corveta alemã Charlotte


Visita a Portugal, e Sintra, do presidente da República Francesa, Emile Loubet

Um relâmpago destrói a igreja de Nossa Senhora da Consolação, Agualva
Construída a Fonte do Mosqueiro, entre S. João das Lanpas e A-do-Longo
1906

D. Manuel II integra os bens da Casa Real na Fazenda Nacional.

O castelo de Colares, villa e quinta anexa são propriedade do 2º visconde de Monserrate, Sir Frederico Lucas Cook (1844 - 1920).

Construção da cadeia Comarca de Sintra, conforme projecto do arquitecto Arnaldo Redondo Adães Bermudes, pelo empreiteiro João da Silva Pascoal.

                                            Uma procissão na Vila Velha
Junho

6 - Fundação dos Bombeiros de S.Pedro

Agosto

30- Inauguração do chafariz da Praia das Maçãs. 
Outubro
13-Descoberto o tholos da Praia das Maçãs
Dezembro



6- Encomenda à fábrica de relógios de precisão Besaçon, L. Leroy & Cª, de um carrilhão de oito sinos para o campanário da capela da Quinta da Regaleira. Continuação das obras na capela; é trazida de Coimbra uma chaminé neo-renascentista, para a sala de bilhar; os trabalhos de serralharia são encomendados à oficina Viúva Thiago da Silva & Cª.

Construção, por iniciativa de Fernando Formigal de Morais segundo projecto do arquitecto Francisco Carlos Parente, do palacete da Quinta dos Lagos (foto abaixo). Ficará pronto em 1908.

Construção do edifício dos Paços do Concelho, no local da antiga capela de São Sebastião, demolida na altura segundo plano do arquitecto Arnaldo Redondo Adães Bermudes (foto abaixo) o que resta da Capela pode ser visto na casa do Casal de São Roque.

Arranque das obras da nova cadeia comarcã, projecto de Adães Bermudes executado por João da Silva Pascoal

1907

Perto do Cabo da Roca afunda-se o Lutetia, da Compagnie de Navigation Sud Atlantique.

Um grupo de 20 marchadores faz o percurso Lisboa-Sintra em 4 horas e regresso, num total de 7 horas

                                           Estação de Sintra
A pedido da Liga Promotora de Melhoramentos de Sintra, a cadeia da Vila Velha passa a acolher os correios (ainda hoje).  

Nasce o historiador sintrense José Alfredo da Costa Azevedo.

Aquisição por Carvalho Monteiro dos direitos e posse das águas do aqueduto aos herdeiros de António Pinto da Fonseca, da Quinta do Relógio.
                                           A Família Real

As obras no Chalé Biester encontram-se concluídas.

Data desta altura um desenho de Raul Lino considerado embrionário relativamente à concepção da Casa do Cipreste, então designada "A Pedreira".                      

1908

Manini viaja até Milão e Veneza, com objectivo de encomendar e acompanhar a execução de diversas peças em falta na capela e no palacete da Quinta da Regaleira, nomeadamente os mosaicos para o pavimento, os paramentos das paredes, vitrais e alfaias litúrgicas; o painel do retábulo-mor é encomendado à Casa Pauly, em Veneza; construção da estufa quente pela firma Viúva Thiago da Silva & Cª; Giuseppe Gualfi executam as torneiras de bronze da capela, figurando o renascimento de Vénus.

O visconde do Tojal é presidente da Câmara

Abril

12-Nasce o jornal Ecos de Sintra, dirigido por Júlio do Amaral . Acaba em 23 de Agosto.

São inaugurados por estes dias o restaurante Internacional, na Praia das Maçãs, o "Barateiro", loja e retrosaria na Vila Velha, e o "Serra de Sintra", no mesmo local.
Maio
24-Inauguração do Real Salão Animatographico D.Manuel II, na Vila Velha

Agosto

5-A luz eléctrica chega à Vila

Um bilhete de eléctrico até à Praia das Maçãs custa 200 réis (80 até Galamares).

Definitivamente encerram os banhos na Volta do Duche, de António Pereira, o Pouca Sorte
Inauguração do Hotel Tapie, na Praia das Maçãs
D.Manuel II e a rainha D.Amélia na Pena

Setembro

18- Carta de lei reconhecendo o ramisco como vinho regional

1909

O teatro e a Esplanada Garrett, com animatógrafo, animam a vila em período estival

Na Estefânea, nasce por impulso de Formigal de Morais uma escola primária

Últimas notícias de peças vindas de Coimbra para o palacete da Quinta da Regaleira, encomendados painéis em vitral ao atelier Carvaya Bazzie & Cª.

Maio

Os novos Paços do concelho (actuais), também obra de Adães Bermudes, ficam prontos, e o velho edifício da Câmara na Vila (hoje Museu do Brinquedo) é encerrado.

Junho

13-Inauguração dos novos paços do concelho(abaixo) e da cadeia comarcã, projecto de Adães Bermudes

1910 
Inaugurada uma escola primária no Algueirão Velho 

Pela morte do conde de Valenças a propriedade da Quinta de Valenças passa para o seu filho, o 2º conde de Valenças, Ricardo Anjos Jardim (1877-1952).

Término das obras da Quinta da Regaleira segundo inscrição numa das empenas do palacete.

Janeiro

26-A Câmara doa os terrenos e edifício da antiga Casa da Câmara, na Vila, aos Bombeiros de Sintra

Maio

25- Regularizada por decreto a comercialização do vinho de Colares

Junho

16- Um decreto classifica como monumentos nacionais o Castelo dos Mouros, o Paço de Queluz, o pelourinho de Colares, a anta de Adrenunes e a da Agualva, a igreja da Penha Longa, a anta de Belas, o palácio da Pena, o Paço de Sintra e o repuxo manuelino da Vila
A serra, vista da Quinta da Vigia

Outubro

5-O directório do Partido Republicano Português designa Tomé de Barros Queirós,(foto abaixo) figura já de destaque na época e ligado a Sintra, onde tinha um chalet, para proceder à proclamação da República

Barros Queirós havia chegado a Sintra em meados de Setembro, vindo de férias nas termas, e aqui recebe a notícia a 4 de Outubro da morte, assassinado por um doente mental, de um dos chefes da revolta, o Dr Miguel Bombarda. Confirmado o sucesso do movimento militar, Barros Queiróz é convidado pelo PRP para proclamar a República em nome da Junta Revolucionária, tendo sido designados para o acompanhar nesse momento histórico o jornalista João Chagas, bem como José Barbosa e Malva do Vale.

É assim que um grupo de apoiantes do novo regime se concentra junto com Barros Queirós na Praça Afonso de Albuquerque, para esperar os outros enviados do PRP. Alguns deles, armados, inclusive já desde alguns dias guardavam residências de políticos e figuras destacadas do regime monárquico, entre as quais a de João Franco, que veraneava em Sintra com a família real, e que tinha sido um dos protagonistas do odiado governo que em 1908 custou a vida ao rei D. Carlos, e que agora, paradoxalmente, era protegido na sua pessoa e bens pelos revolucionários, para evitar pilhagens e actos de vandalismo. Entre os que protegeram João Franco em Sintra contava-se o filho de Barros Queirós, Daniel, com 19 anos na altura, sendo que João Franco, apesar do reviralho que se adivinhava, mandou servir comida e café aqueles que se preparavam para alterar o regime que ele servira.

Estão os populares reunidos quando chega um dos poucos carros que havia naquele tempo, ostentando uma bandeira verde rubra, ao que os populares respondem com vivas à República. Nessa viatura vem uma eufórica senhora de apelido Quaresma Val do Rio Barreto.

Passado um tempo, uma outra viatura, aberta, transporta duas figuras vestidas de escuro. São a rainha D. Amélia e uma camarista, que vindas da Pena, se dirigem a Mafra a juntar-se ao deposto rei D. Manuel, de onde partiriam posteriormente em direcção a Inglaterra. Barros Queiróz, reconhecendo a rainha, tira o chapéu, e silenciando os vivas à República, saúda com cortesia a real figura, no que é acompanhado pelos demais.

Finalmente chega o grupo vindo de Lisboa, e todos se dirigem à varanda dos Paços do Concelho (os actuais, que haviam sido inaugurados um ano antes, em 1909), e proclamam solenemente a República Portuguesa, sendo na altura anunciados Formigal de Morais como presidente da Câmara Municipal de Sintra e Gregório Casimiro Ribeiro como administrador do concelho. Todo o dia é de festa em Sintra, com uma banda de música percorrendo a vila em clima de euforia e júbilo.

Com a Implantação da República, o Palácio da Pena é transformado em museu, com a designação oficial de Palácio Nacional da Pena, e o Palácio da Vila é incorporado no Património do Estado, procedendo-se à demolição de várias construções anexas ao Palácio.

Novembro

3- Morre em Sintra Zózimo Consiglieri Pedroso, professor do curso superior de Letras.

Dezembro

1- Surge o jornal "O Concelho de Sintra", dirigido por António Cunha afecto aos republicanos. Sai às 5ª feiras e funciona na Praça da República nº6.

Em Colares, o médico Brandão de Vasconcelos forma um núcleo de defesa democrática do concelho, e preside à junta da paróquia (freguesia).
Em 1910 João Freire Correia realiza o documentário Sintra
Pierre Louis Benoiste adquire a Quinta da Barroca, em Agualva 

                                                                              
Outras cronologias
1910-1926


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