segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O jantar de Natal da Alagamares-14 de Dezembro

Como habitualmente a Alagamares realizou dia 14 de Dezembro  o seu jantar de Natal que uniu amigos e associados num ameno convívio e tertúlia. Este ano o mesmo teve lugar em Galamares no restaurante Ares da Serra, e em jeito de caderno de encargos foram revelados alguns dos projectos da associação para 2014, ano em que a recuperação do património e o apoio às iniciativas de cultura e cidadania continuarão a fazer parte da agenda.
2014 marca quarenta anos do desaparecimento de figuras caras a Sintra, como Ferreira de Castro e Raul Lino, os 80 anos do Jornal de Sintra e do desaparecimento de Brandão de Vasconcelos, ou os 500 anos do foral manuelino, recentemente restaurado. Igualmente os 50 anos do agrupamento Diamantes Negros, os 90 anos do Casino de Sintra, os 40 anos do 25 de Abril ou os 10 anos das saudosas tertúlias dos Meninos d'Avó. A tudo isto e muito mais estaremos atentos. Algumas fotos do jantar:








sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O debate em Sintra sobre política cultural



Promovido pelo Chão de Oliva e pela Associação Alagamares realizou-se a 19 de Setembro na Casa de Teatro de Sintra, um debate com associações e agentes culturais para o qual se convidaram as candidaturas à Câmara Municipal de Sintra.

Representaram as respectivas candidaturas Pedro Pinto (Sintra Pode Mais - PSD, CDS-PP e MPT) Pedro Ventura (CDU) André Beja (BE) Nuno Azevedo (PAN) e Rui Pereira (PS). A mesa do debate foi constituída por Jorge Menezes (escritor e poeta), Miguel Anastácio (Sintra Estúdio de Ópera), Fernando Morais Gomes (moderador e presidente da Alagamares -Associação Cultural), Moisés Paulo (Centro Internacional de Escultura de Pêro Pinheiro) e Pedro Alves (encenador e membro do teatromosca).

Com uma plateia concorrida e interessada, a sessão começou pelo painel representante da sociedade civil local.

Pedro Alves, do teatromosca, enfatizou ser o concelho de Sintra um concelho com disparidades, e ser o palco “um lugar de transformação”, bem como Moisés Paulo se centrou no papel do artista e da arte numa sociedade global.

Fernando Morais Gomes centrou-se na necessidade duma Economia da Cultura, da auscultação dos actores sociais e culturais de forma permanente, e na defesa do património, questionando o divórcio entre produtores e público e a subutilização de vários equipamentos municipais.

Já Miguel Anastácio se centrou na formação dos públicos como tarefa dos agentes culturais, e de como Sintra, jóia da coroa poderá ser uma nova Salzburgo.

Jorge Menezes lançou a ideia de uma Casa das Artes, e de como certos locais, como o Casal de S.Domingos se encontram ao abandono, a par de outros referidos por outros oradores, nomeadamente a Gandarinha, o Hotel Netto, o Sintra-Cinema ou a Quinta do Relógio.

Dada a palavra às candidaturas, Pedro Pinto, da Coligação Sintra Pode Mais manifestou a vontade de instalar uma Casa das Artes na Quinta da Ribafria, e uma feira popular em Fitares, num terreno com cerca de 8 hectares. Pedro Ventura, da CDU focou-se na análise da cultura como dinâmica de investimento, e salientou o papel dos agentes informais em muita da produção cultural local. Salientou a necessidade de investimentos- âncora, e deu como exemplo a mostra de curta metragens, ou o regresso do festival Lumina.

André Beja do, Bloco de Esquerda, contrapôs à ideia de Sintra Capital do Romantismo a de Sintra Capital do Grafitti, e apontou casos de desmazelo como o da casa do escritor Francisco Costa, aguardando um destino desde há muito.

O candidato do PAN, Nuno Azevedo, centrou a sua intervenção na necessidade de se fazerem pontes entre o movimento associativo e o executivo municipal. Já Rui Pereira, do PS, focou a necessidade de alavancar o turismo, tecendo críticas à introdução de um Conselho Consultivo para a Cultura, sugerido durante o debate de quase 3 horas. Também a retirada da Câmara do papel de programadora de eventos foi salientado.

Na fase de debate, usaram da palavra Rui Brás, do Utopia Teatro, Susana Gaspar, actriz e encenadora, José Sabugo, da Casa das Cenas, Paulo Escoto, da Pranima e Alagamares, Carla Dias e João de Mello Alvim, do Chão de Oliva, todos salientando o papel residual que os poderes têm reservado para a Cultura.

Críticas foram apontadas à Agenda Cultural do município, à falta de divulgação dos eventos culturais nos MUPI’s, a necessidade de outro modelo para o Festival de Sintra e de este ser também para os sintrenses, e não só para os turistas, ou  a necessidade de formação de públicos.

O Chão de Oliva e a Alagamares entendem terem com esta iniciativa realizado um dos poucos debates previstos nestas eleições autárquicas, e que à forma deve sobrepor-se o conteúdo, para que o diálogo não seja meramente semântico nem as ideias soundbyte.
Fotos: André Rabaça

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

19 Setembro- Debate autárquico sobre política cultural

Aproximando-se as eleições autárquicas, e sendo o sector da Cultura estruturante em qualquer democracia avançada, vão o Chão de Oliva- Centro de Difusão Cultural e a Alagamares- Associação Cultural promover dia 19 de Setembro pelas 21h na Casa de Teatro de Sintra um debate com associações e agentes culturais para o qual se vão convidar as candidaturas à Câmara Municipal.       
Sabendo o quanto são o parente pobre do Orçamento e os agentes culturais muitas vezes meros adereços decorativos nas campanhas e na via pública, é objectivo desta iniciativa pôr a Cultura no centro do discurso político, realçando as suas patologias, potencialidades e virtualidades.

Baluartes de resistência e cidadania durante o período do Estado Novo, as associações irromperam no pós 25 de Abril como cogumelos, sendo hoje mais de 40.000, distribuídas nas vertentes cultural, desportiva, sócio-profissional ou de solidariedade. Mas se ser agente cultural é uma forma de dizer que se quer estar activo como cidadão-actor em prol duma participação efectiva e do legítimo exercício da democracia cultural -na vertente de cultura para todos, e com todos -tal não impede que a mudança de paradigma que as novas solicitações da sociedade global e da informação impõe permitam e exijam que se ultrapassem algumas patologias.

A eterna falta de verbas e da perspectiva de olhar para as associações sobretudo para a preservação da vertente patrimonial, das sedes e equipamentos, desenquadrada do fim último de congregar vontades, mobilizar opiniões, e gerar actos de cultura, desporto, etc; a prevalência do individualismo hedonístico, que desvaloriza o trabalho de equipa ou colectivo, em benefício das figuras, num estereótipo transmitido por um modelo de sociedade onde o Eu vence o Nós, mas de forma volátil, efémera e perversa; a falta de investimento na inovação, e na ruptura com certas práticas, reproduzindo uma "cultura de corpo" estática, distanciada das necessidades para que muitas vezes essas associações foram criadas, todos estes problemas carecem de respostas e para tanto se quer ouvir as propostas dos agentes políticos, bem sabendo os promotores que a Verba é inimiga do Verbo e os tempos de anomia e aperto.

Como escreveu André Malraux, a cultura só morre vítima da sua própria fraqueza. Há que lubrificar as mentalidades e tomar em mãos a força que, mais que qualquer arma, a Cultura e seus agentes devem ter na Sociedade, se se quer viva, e factor de mudança.

Como parceiros de desenvolvimento, vêm pois as associações promotoras do debate convidar os candidatos e seus representantes, as associações do concelho e os demais agentes culturais a estar presentes e apresentar propostas no dia e hora acima indicados para um encontro no qual desde já serão oradores Moisés Preto Paulo, do Centro Internacional de Escultura de Pêro Pinheiro; Miguel Anastácio, do Sintra Estúdio de Ópera; Pedro Alves, encenador e membro do teatromosca; Jorge Telles Menezes, escritor e poeta, e Fernando Morais Gomes, moderador e presidente da Alagamares-Associação Cultural.

Agradece-se confirmação das presenças para o nosso endereço de  correio electrónico, bem como do número de participantes, em caso de organização ou candidatura, sugerindo a organização que estes não sejam mais de 4 por cada uma, independentemente de a entrada ser livre.
Igualmente se agradece a quem queira ver certos temas abordados que, sem prejuízo de o fazer ao vivo na data do debate, o faça chegar por este meio.
Cordiais Cumprimentos
João de Mello Alvim, Chão de Oliva, Centro de Difusão
Cultural

Fernando Morais Gomes, Alagamares-Associação Cultural

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Alagamares visitou Castelo dos Mouros depois das obras

Dia 4 de Agosto um grupo de associados e amigos da Alagamares visitou as obras do Castelo dos Mouros, inauguradas há menos de dois meses. Guiados pelo engº Daniel Silva, da Parques de Sintra-Monte da Lua, o grupo pode constatar toda uma série de melhoramentos que passam por restauro das muralhas e adarves, centro de interpretação, intervenção na igreja ena cisterna, cafetaria e sanitários, e adopção de infraesturas para apoio a eventos de dimensão relevante, o que a todos dum modo geral deixou satisfeito, constatado o notável nível da intervenção e a perservação do espirito do lugar.
Construído no séc VIII com recurso à técnica da soga e tição, teve uma segunda ampliação no séc XII, tendo posteriormente sido abandonado, não obstante no séc XVI ali obtivessem refúgio alguns judeus fugidos das purgas religiosas. Destruído no terramoto de 1755, foi D.Fernando II quem ao adquirir  a propriedade onde erigiu o Palácio da Pena o reconstruiu, tendo sido alvo de uma segunda grande intervenção em 1939. Está classificado como monumento nacional desde 1910.




sábado, 20 de julho de 2013

Alagamares visita Castelo dos Mouros- 4 de Agosto



Dia 4 de Agosto, domingo, pelas 10.00h, a Alagamares promove um passeio histórico ao Castelo dos Mouros, após a intervenção no conjunto, inaugurada no passado dia 5 de Junho, de que resultou nova oferta de serviços. Entrada gratuita para munícipes de Sintra, que se deverão acompanhar de identificação. Inscrições para

alagamaressintra@gmail.com . Encontro junto à bilheteira do Castelo dos Mouros pelas 9h45m.Acesso em autocarro, para quem quiser, a partir da Estação da CP de Sintra, pelo autocarro 434, conforme horário abaixo

Este é o resultado do projecto "À Conquista do Castelo", que implicou um investimento de 3,2 milhões de Euros, cofinanciado em 600 mil Euros pelo Programa de Intervenção do Turismo (PIT) e no remanescente pela Parques de Sintra. O objectivo centrou-se na valorização global e no restauro do Castelo dos Mouros, monumento que contou com cerca de 269.000 visitas em 2012.A partir de agora os visitantes poderão desfrutar de um novo espaço de acolhimento, constituído por uma cafetaria com esplanada, loja e bilheteira, bar, instalações sanitárias e ainda uma envolvente paisagística recuperada (repondo a ambiência romântica preexistente), bem como caminhos de acesso e de ronda totalmente requalificados e iluminados. Foram também restauradas as duas cinturas de muralhas e a Cisterna (que passa agora a ser visitável). Foi ainda aberta ao público a Casa do Guarda do Castelo, situada na segunda cintura de muralhas (fora do perímetro pago), após recuperação e adaptação como cafetaria, esplanada (com vista panorâmica para a Serra) e instalações sanitárias. Neste projeto destacou-se particularmente a metodologia de restauro das muralhas, cuja datação das várias fases construtivas da parte principal foi estudada pelos especialistas em Arqueologia da Arquitectura do Centro de Ciencias Humanas y Sociales de Madrid, e cuja definição das argamassas adequadas foi realizada com o apoio do Instituto Superior Técnico. De destacar também a opção arquitectónica de utilização de madeira das árvores removidas nas limpezas florestais na Serra (espécies infestantes, neste caso específico, a Acácia) para o revestimento e mobiliário dos edifícios e passadiços, criando desta forma um ambiente em relação directa com a natureza envolvente. O projecto "À Conquista do Castelo" foi antecedido e acompanhado pela realização de escavações arqueológicas, com campanhas realizadas em parceria com a Universidade Nova de Lisboa (desde 2009). Estas investigações apoiaram as intervenções de recuperação e aprofundaram a informação histórica sobre o local. A descoberta de elementos como mais de três dezenas de sepulturas medievais cristãs (com cerca de 2 a 3 enterramentos em cada), vários alicerces de habitações muçulmanas e objectos do Neolítico (por exemplo, um vaso cerâmico completo do 5º milénio A.C), conduziu à reconfiguração do projecto inicial para permitir mostrar ao público os principais achados.

domingo, 23 de junho de 2013

Oficina de Banda Desenhada da Alagamares

A Alagamares-Associação Cultural promove uma oficina de Banda Desenhada em quatro sessões destinada a principiantes, com exercícios de desenho, adaptação de texto literário, planificação e criação de uma pequena história utilizando o vocabulário da banda desenhada (relação texto-imagem, ritmo, composição de prancha, desenvolvimento de linguagem gráfica própria).

Orientador: José Smith Vargas

Material necessário: folhas A4 de máquina ou cavalinho, lápis, borracha, canetas pretas finas e grossas e corrector.

Preço: 10€/ sessão, pagos no local no início de cada sessão

Datas: sábados 20 e 27 de Julho e 3 e 10 de Agosto
das 15h às 18h

Idade mínima: 12 anos

Local: Voando em Cynthia - Associação Cultural, Av. Heliodoro Salgado, nº 41 (Estefânia) Sintra (rua pedonal)

Inscrições em: